Grave doença pode ser evitada com vacinação; veja como prevenir
Entenda a importância da vacinação para prevenir um tipo de câncer, que aponta para 17 mil novos diagnósticos entre 2023 e 2025
No Brasil, a luta contra o câncer do colo do útero enfrenta um desafio significativo: a baixa taxa de vacinação contra o Papilomavírus Humano (HPV), responsável por uma grande parcela dos casos dessa doença.
Especialistas advertem sobre a necessidade urgente de ampliar a cobertura vacinal, sobretudo diante da estimativa do Instituto Nacional de Câncer (INCA), que aponta para 17 mil novos diagnósticos anuais entre 2023 e 2025.
Por que a vacinação é tão importante na prevenção da doença?
Uma forma de prevenir a doença é atingir a cobertura vacinal, que pode reduzir drasticamente a incidência desse tipo de câncer.
Uma cobertura vacinal abrangente tem o potencial de eliminar quase totalmente a doença. O HPV, transmitido principalmente por relações sexuais, pode ser assintomático e permanecer no organismo por até 24 meses.
Se não tratado, pode levar ao desenvolvimento de câncer, tornando a vacinação uma ferramenta vital de prevenção.
O Março Lilás, inclusive, é uma campanha dedicada a conscientizar a população sobre a prevenção do câncer do colo do útero.
HPV e câncer: uma relação direta
O vírus HPV está diretamente relacionado ao desenvolvimento de vários tipos de câncer, sendo o de colo de útero o mais significativo entre as mulheres.
O teste de papanicolau é essencial para a detecção precoce. Nos homens, o vírus também representa uma ameaça, associando-se a cânceres como o de pênis, garganta e canal anal.
A descoberta precoce da infecção por HPV permite intervenções simples com grandes chances de sucesso. Quando detectadas em estágio inicial, as lesões precursoras do câncer podem ser tratadas, evitando a evolução para a doença.
Por outro lado, diagnósticos tardios de câncer de colo do útero frequentemente impactam a fertilidade feminina negativamente.
Qual a eficácia da vacina do HPV?
Desenvolvida na Austrália em 2006, a vacina contra o HPV demonstra alta eficácia, sendo amplamente utilizada em mais de 50 países.
No Brasil, o Programa Nacional de Imunização (PNI) intensificou a oferta da vacina desde 2015, inicialmente para meninas e, posteriormente, incluindo meninos. Essa estratégia visa proteger amplamente a população contra o vírus.
Apesar de alguns mitos que circulam sobre a vacinação, os especialistas confirmam a segurança e eficácia da vacina do HPV. Ela se mostra mais eficiente do que a imunidade adquirida através do contato natural com o vírus. Portanto, a prevenção através da vacinação surge como o método mais confiável de proteção.
Afinal, como prevenir o câncer do colo do útero?
Médicos recomendam que as mulheres mantenham seus exames preventivos em dia, além, é claro, da vacinação em massa contra o HPV.
O aumento das taxas de vacinação contra o HPV é uma responsabilidade coletiva. Governos, instituições de saúde, educadores e famílias devem unir esforços para informar e incentivar a vacinação.
Superar a desinformação é fundamental para garantir um futuro com menores índices de câncer do colo do útero, demonstrando o poder da prevenção como ferramenta de saúde pública.