Hábito noturno aumenta o risco de diabetes tipo 2
De acordo com pesquisadores, o hábito afeta o ritmo normal de processos corporais, incluindo o metabolismo da glicose e os níveis de secreção de insulina
Um hábito noturno mantido por muitos de nós pode estar aumentando nosso risco de desenvolver diabetes tipo 2. De acordo com um estudo publicado no The Lancet Regional Health, a exposição prolongada à luz “azul” emitida por smartphones ou pelo LED de escritórios pode ser “tóxica”.
O estudo descobriu que ser bombardeado por luz de espectro azul pode atrapalhar as funções normais do corpo e desequilibrar os níveis de açúcar no sangue.
As descobertas sugerem que reduzir a exposição à luz à noite e manter um ambiente escuro pode ser uma maneira fácil e barata de prevenir ou retardar o desenvolvimento do diabetes.
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Detalhes do estudo
Como parte do estudo, a equipe analisou padrões pessoais de exposição à luz de aproximadamente 85.000 pessoas e 13 milhões de horas de dados de sensores de luz.
Pessoas que não tinham diabetes tipo 2 usavam um rastreador nos pulsos para coletar os níveis de luz durante o dia e a noite.
Os pesquisadores as monitoraram por nove anos para ver se mais tarde desenvolveriam diabetes tipo 2.
Os dados mostraram que as pessoas expostas a luzes fortes entre 12h30 e 6h eram mais propensas a desenvolver a doença.
Essa ligação permaneceu independentemente da quantidade de luz à qual as pessoas foram expostas durante o dia.
Mesmo quando os pesquisadores levaram em consideração hábitos de vida, padrões de sono, trabalho em turnos, dieta e saúde mental, a ligação permaneceu.
Eles teorizaram que as luzes noturnas brilhantes aumentam o risco de uma pessoa ter diabetes tipo 2, interrompendo seus ritmos circadianos.
O ritmo circadiano é o relógio interno que informa ao corpo quando é hora de se sentir desperto ou cansado, que se alinha com o ciclo de 24 horas de luz e escuridão.
Explicando a luz azul
A luz solar tem um equilíbrio entre vermelho e azul, mas estamos constantemente expostos à luz artificial.
‘Embora não vejamos isso, as luzes LED são dominantes em azul e quase não têm vermelho.
A exposição prolongada à luz azul é potencialmente tóxica sem a vermelha.
A luz azul por si só tem um impacto negativo na fisiologia e pode causar alterações nos níveis de açúcar no sangue, o que pode, a longo prazo, contribuir para o diabetes e prejudicar a saúde.
Acontece que, em excesso, a luz azul perturba as mitocôndrias, que geram a energia necessária para alimentar as células.
Isso pode afetar os níveis de açúcar no sangue e contribuir para o envelhecimento.
Diabetes
Diabetes é uma condição que faz com que o açúcar no sangue fique muito alto. O tipo 2 é muito mais comum que o diabetes tipo 1, afetando cerca de 90% dos pacientes.
As causas típicas do diabetes tipo 2 incluem excesso de peso e falta de exercícios físicos suficientes. No entanto, também pode ser genético.
De acordo com a Sociedade Brasileira de Diabetes, existem atualmente, no Brasil, mais de 13 milhões de pessoas vivendo com a doença, o que representa 6,9% da população nacional.
Sintomas do diabetes tipo 2
- Fome frequente;
- Sede constante;
- Formigamento nos pés e mãos;
- Vontade de urinar diversas vezes;
- Infecções frequentes na bexiga, rins, pele e infecções de pele;
- Feridas que demoram para cicatrizar;
- Visão embaçada.