Homem contrai bactéria que come tecidos após arranhão em tombo

Foram seis semanas no hospital se recuperando da infecção; entenda o que é a fascíte necrosante

02/08/2022 09:18

O britânico Scott Neil, de 31 anos, precisou passar por seis cirurgias depois de contrair uma bactéria rara que come tecidos e que é potencialmente fatal.

Ele conta que o problema ocorreu quando ele levou um tombo na rua e arranhou o joelho. Inicialmente, ele não se preocupou, porém, dias depois ele notou que sua perna havia dobrado de tamanho.

Britânico contraiu bactéria rara após arranhão na rua
Britânico contraiu bactéria rara após arranhão na rua - Scott Neil

A dor era tanta que ele chorava de dor pedindo para levá-lo ao hospital. Na chegada ao pronto-socorro, ele desmaiou de dor.

Os médicos que o atenderam diagnosticaram o problema como sendo uma infecção rara chamada fascíte necrosante, que precisa de tratamento urgente.

“(A infecção) tinha basicamente ‘comido’ meus músculos e meu joelho”, conta.

Scott Neil passou semanas se recuperando da infecção
Scott Neil passou semanas se recuperando da infecção

Ao todo, o rapaz passou seis semanas no hospital para se recuperar da infecção. As cirurgias foram realizadas para  retirar os tecidos mortos e impedir a propagação da bactéria.

O que é fasceíte necrosante?

Fasceíte necrosante (FN) é uma  infecção bacteriana causada por vários tipos diferentes de bactérias que se movem rapidamente pelo corpo, atacando a pele e os tecidos moles. Sem tratamento imediato e tratamento precoce, a doença pode levar à morte.

As bactérias que causam a condição – como o estreptococo do grupo A e o Vibrio vulnificus – podem entrar no corpo através de aberturas na pele, como cortes e arranhões, queimaduras, picadas de insetos, perfurações e feridas cirúrgicas.

Os sintomas podem surgir em questão de dias ou mesmo horas. A pele infectada fica vermelha, quente ao toque e, às vezes, inchada. A pessoa geralmente sente dor intensa, muito mal-estar e febre alta.

O diagnóstico é feito com base na avaliação de um médico, radiografias e exames laboratoriais. O tratamento envolve a remoção da pele morta e a administração intravenosa de antibióticos.

De acordo com um estudo publicado na revista Skeletal Radiology, a fascite necrosante é rara, ocorrendo em apenas cerca de 0,4 pessoas por 100.000 a cada ano nos Estados Unidos.