Homem contrai bactéria que come tecidos após arranhão em tombo
Foram seis semanas no hospital se recuperando da infecção; entenda o que é a fascíte necrosante
O britânico Scott Neil, de 31 anos, precisou passar por seis cirurgias depois de contrair uma bactéria rara que come tecidos e que é potencialmente fatal.
Ele conta que o problema ocorreu quando ele levou um tombo na rua e arranhou o joelho. Inicialmente, ele não se preocupou, porém, dias depois ele notou que sua perna havia dobrado de tamanho.
A dor era tanta que ele chorava de dor pedindo para levá-lo ao hospital. Na chegada ao pronto-socorro, ele desmaiou de dor.
- Coceira constante nas partes íntimas pode indicar um câncer raro
- Marburg: entenda vírus com potencial pandêmico que preocupa a África
- Coma esta fruta com regularidade e dê tchau para a infecção urinária
- Gastrite: saiba quando seu desconforto indica a condição
Os médicos que o atenderam diagnosticaram o problema como sendo uma infecção rara chamada fascíte necrosante, que precisa de tratamento urgente.
“(A infecção) tinha basicamente ‘comido’ meus músculos e meu joelho”, conta.
Ao todo, o rapaz passou seis semanas no hospital para se recuperar da infecção. As cirurgias foram realizadas para retirar os tecidos mortos e impedir a propagação da bactéria.
O que é fasceíte necrosante?
Fasceíte necrosante (FN) é uma infecção bacteriana causada por vários tipos diferentes de bactérias que se movem rapidamente pelo corpo, atacando a pele e os tecidos moles. Sem tratamento imediato e tratamento precoce, a doença pode levar à morte.
As bactérias que causam a condição – como o estreptococo do grupo A e o Vibrio vulnificus – podem entrar no corpo através de aberturas na pele, como cortes e arranhões, queimaduras, picadas de insetos, perfurações e feridas cirúrgicas.
Os sintomas podem surgir em questão de dias ou mesmo horas. A pele infectada fica vermelha, quente ao toque e, às vezes, inchada. A pessoa geralmente sente dor intensa, muito mal-estar e febre alta.
O diagnóstico é feito com base na avaliação de um médico, radiografias e exames laboratoriais. O tratamento envolve a remoção da pele morta e a administração intravenosa de antibióticos.
De acordo com um estudo publicado na revista Skeletal Radiology, a fascite necrosante é rara, ocorrendo em apenas cerca de 0,4 pessoas por 100.000 a cada ano nos Estados Unidos.