Influenciadora revela lado negativo da bariátrica em antes e depois

Juliana Rangel é um exemplo de superação, pois após passar por momento difícil começou a aceitar o próprio corpo

A influenciadora digital Juliana Rangel publicou em seu perfil no Instagram, na última terça-feira, 7, um antes e depois de seu corpo, mas com um resultado diferente do que as personalidades costumam apresentar quando fazem este tipo de publicação.

Juliana Rangel fez desabafo sobre os perrengues que passou após fazer cirurgia bariátrica
Créditos: Reprodução/Instagram
Juliana Rangel fez desabafo sobre os perrengues que passou após fazer cirurgia bariátrica

A jovem relatou que foi submetida a uma cirurgia bariátrica há 12 anos, e em vez de o procedimento ajuda-la na autoestima, o resultado provocou uma série de gatilhos emocionais, efeitos colaterais – que a fizeram até engordar mais – e a queda de cabelo.

“[…] A pessoa sempre coloca a foto terrível de quando era gorda, sendo que provavelmente ela tem várias boas… Mas quanto pior a foto for, mais a vitória da foto depois vai ficar evidente. Tá tudo errado, e além desses gatilhos, essas fotos de antes e depois não mostram a dura realidade do durante e a do resto da vida”, disse em um dos trechos.

Juliana ainda contou que chegou a usar peruca dois anos após a cirurgia e que não era feliz. “Postei essa foto de 2010, quando eu tinha 2 anos de bariátrica, achando que estar magra resolveria meus problemas, sendo que aí eu estava fraca, com peruca, vivendo a base de sopa, de cinta e de falsa felicidade… e de agora, 10 anos depois, engordei de novo, tomo sopa quando quero, estou saudável na medida do possível”, completou.

Confira o desabafo na íntegra:

“Vocês estão acostumadas a ver a famosa foto do “antes e depois” da bariátrica, né? Pessoas que fizeram a cirurgia e que contam cada kg perdido como vitória e que contam os segundos pra mostrar pro mundo seu emagrecimento dessa forma… e eu até entendo a motivação: são pessoas que provavelmente foram tratadas feito lixo a vida toda apenas por serem gordas, pessoas que foram ensinadas que seus corpos eram ruins, pessoas que se viam no espelho e queriam ser outra pessoa. Eu era essa pessoa, eu já postei esse tipo de foto pra provar que ‘Agora eu sou boa! Olha aqui pra mim, fala mal de mim agora!’ A verdade é que esse antes e depois da bariátrica é gatilho. É gatilho pois parece que você só pode ser feliz magro. É gatilho, pois mostra emagrecimento como vitória. É gatilho, pois gera uma comparação onde o corpo gordo continua sendo representado como negativo. E a pessoa sempre coloca a foto terrível de quando era gorda, sendo que provavelmente ela tem várias boas… Mas quanto pior a foto for, mais a vitória da foto depois vai ficar evidente. Tá tudo errado, e além desses gatilhos, essas fotos de antes e depois não mostram a dura realidade do durante e a do resto da vida. Postei essa foto de 2010, quando eu tinha 2 anos de bariátrica, achando que estar magra resolveria meus problemas, sendo que aí eu estava fraca, com peruca, vivendo a base de sopa, de cinta e de falsa felicidade… e de agora, 10 anos depois, engordei de novo, tomo sopa quando quero, estou saudável na medida do possível, pois tenho eternas sequelas por causa da bariátrica, mas com a mente livre sabendo que sou maravilhosa independente do tamanho do meu corpo. Aprenda que seu valor não está no número da sua calça. Aprenda seu valor de verdade!”.

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Vocês estão acostumadas a ver a famosa foto do “antes e depois” da bariátrica, né? Pessoas que fizeram a cirurgia e que contam cada kg perdido como vitória e que contam os segundos pra mostrar pro mundo seu emagrecimento dessa forma… e eu até entendo a motivação: são pessoas que provavelmente foram tratadas feito lixo a vida toda apenas por serem gordas, pessoas que foram ensinadas que seus corpos eram ruins, pessoas que se viam no espelho e queriam ser outra pessoa. Eu era essa pessoa, eu já postei esse tipo de foto pra provar que “agora eu sou boa! Olha aqui pra mim, fala mal de mim agora!” A verdade é que esse antes e depois da bariátrica é gatilho. É gatilho pois parece que você só pode ser feliz magro. É gatilho, pois mostra emagrecimento como vitória. É gatilho, pois gera uma comparação onde o corpo gordo continua sendo representado como negativo. E a pessoa sempre coloca a foto terrível de quando era gorda, sendo que provavelmente ela tem várias boas… Mas quanto pior a foto for, mais a vitória da foto depois vai ficar evidente. Tá tudo errado, e além desses gatilhos, essas fotos de antes e depois não mostram a dura realidade do durante e a do resto da vida. Postei essa foto de 2010, quando eu tinha 2 anos de bariátrica, achando que estar magra resolveria meus problemas, sendo que aí eu estava fraca, com peruca, vivendo a base de sopa, de cinta e de falsa felicidade… e de agora, 10 anos depois, engordei de novo, tomo sopa quando quero, estou saudável na medida do possível, pois tenho eternas sequelas por causa da bariátrica, mas com a mente livre sabendo que sou maravilhosa independente do tamanho do meu corpo. Aprenda que seu valor não está no número da sua calça. Aprenda seu valor de verdade! #bodypositive #corpopositivo #plussize #10yearchallenge

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Redução de estômago: saiba mais e entenda quando é preciso fazer

A evolução dos dados sobre o perfil dos brasileiros deixa claro que o excesso de peso é um dos grandes problemas de saúde pública no país. Segundo o IBGE, atualmente 50,1% dos homens adultos têm sobrepeso, assim como 48% das mulheres. Já a obesidade alcança 12,4% da população masculina e 16,9% da feminina.

Proporcionalmente aos números na balança, cresce a busca por tratamentos para emagrecimento. A cirurgia bariátrica – popularmente chamada de redução do estômago – tem sido uma das opções buscadas.

Hoje, é possível recorrer ao procedimento cirúrgico pelo SUS, e os planos de saúde têm obrigação de cobrir os custos da operação para casos recomendados.

No entanto, a cirurgia bariátrica não deve ser vista como a primeira opção para quem luta contra o peso. Antes disso, é preciso que a pessoa tenha tentado a mudança de hábitos e outros tratamentos por pelo menos dois anos, segundo os preceitos médicos atuais.