Injeção acelera o corpo a destruir tumores; entenda
Cientistas estão trabalhando em uma injeção que ajuda o corpo a reconhecer e combater tumores, assim como ocorre com a gripe.
O estudo, que envolveu ratos com câncer de pele melanoma, é do Cancer Research UK e da Universidade de Glasgow.
A equipe de pesquisa descobriu que os tumores enganam não apenas as células imunitárias que os rodeiam, fazendo-as não reconhecer o quão perigosos são, mas também os gânglios linfáticos – uma parte importante do sistema imunológico.
Esses gânglios linfáticos desempenham um papel importante no combate ao câncer, mas no momento eles respondem a ele como se fosse um pequeno corte no dedo.
Como funciona a injeção?
Os pesquisadores analisaram especificamente células do sistema imunológico de camundongos – chamadas células dendríticas – que também existem em humanos.
Existem dois tipos de células dendríticas, uma que existe nas células que se tornam tumorais e aquelas que vivem nos gânglios linfáticos, uma parte fundamental do sistema imunológico.
Assim que o câncer começa, as células dendríticas do câncer movem-se em direção aos gânglios linfáticos, mas, uma vez lá, não emitem o mesmo nível de alerta de perigo às células dendríticas dos gânglios linfáticos como fazem quando o vírus da gripe está presente.
Os pesquisadores então injetaram nos ratos um código genético artificial, como o visto no vírus da gripe, o que fez o câncer parecer perigoso, e os gânglios linfáticos reagiram com mais força.
Esperança para o futuro
O estudo, publicado na revista Science Immunology, aumenta a esperança de que uma injeção semelhante possa ajudar pacientes humanos a terem uma resposta imunológica melhor contra o câncer.
De acordo com os pesquisadores, isto poderia permitir que os cânceres fossem detectados numa fase inicial e combatidos pelo próprio sistema imunitário do paciente, em vez de tratamentos severos que são necessários numa fase posterior.
O próximo passo da investigação será examinar mais profundamente a forma como o sistema imunológico comunica, como recebe sinais que o alertam sobre ameaças e como compreende a importância da ameaça.