Insolação: quais os primeiros socorros?

Em casos mais graves ou quando não tratada imediatamente, a insolação pode levar à morte

03/01/2019 13:03 / Atualizado em 05/05/2020 12:20

 Hidratação é essencial para evitar insolação
 Hidratação é essencial para evitar insolação - YuriyS/istock

O excesso de exposição ao sol e ao calor intenso acontece com muita frequência no verão, aumentando os casos de insolação. O quadro se caracteriza por um aquecimento do corpo, acima dos 40º C, fazendo com que o mecanismo de transpiração falhe e atrapalhe o resfriamento do organismo.

Os principais sintomas são desidratação e queimaduras na pele, além de dor de cabeça, tontura, febre e confusão mental. Casos mais graves podem provocar inconsciência e até levar o indivíduo à morte.

Apesar de casos de insolação serem mais frequentes na praia ou na piscina, eles também podem acontecer em diferentes situações, como por exemplo, quando se está andando pela rua sob o sol forte ou praticando atividades extenuantes que causam esgotamento físico, por exemplo. A insolação também pode acontecer quando é utilizado excesso de roupas no calor e quando a pessoa passa por longo período sem se hidratar.

O tratamento para insolação consiste em reduzir a temperatura corporal da pessoa e hidratar bastante o organismo. Para isso, os profissionais de saúde podem oferecer água e manter a pessoa em um lugar fresco, com sombra e ventilação, ajudando na recuperação. Dependendo do caso, pode ser necessária hidratação venosa.

 Queimaduras na pele e febre são alguns dos sinais de insolação
 Queimaduras na pele e febre são alguns dos sinais de insolação - NicolasMcComber/istock

Agora o que fazer caso você precise prestar os primeiros socorros a alguém com insolação?

Se você desconfiar de algum caso de insolação, o Ministério da Saúde indica prestar os primeiros socorros até a chegada de um médico. O objetivo inicial é baixar a temperatura corporal, lenta e gradativamente. Para isso, siga os seguintes passos:

  • Remover a pessoa para um local fresco, à sombra e ventilado;
  • Remover o máximo de peças de roupa;
  • Se estiver consciente, a pessoa deverá ser mantida em repouso e recostada (cabeça elevada);
  • Pode-se oferecer bastante água fria ou gelada ou qualquer líquido não alcoólico;
  • Se possível, deve-se borrifar água fria em todo o corpo da pessoa, delicadamente;
  • Podem ser aplicadas compressas de água fria na testa, pescoço, axilas e virilhas;
  • Tão logo seja possível, a pessoa deverá ser imersa em banho frio ou envolta em panos ou roupas encharcadas.

O mais indicado é procurar procurar atendimento médico de emergência, levando a pessoa imediatamente ao hospital ou solicitando apoio de urgência e emergência (SAMU 192).

Fatores de risco

Crianças, idosos e pessoas com doenças crônicas são mais vulneráveis a este tipo de desregulação térmica, portanto, o cuidado com esse grupo precisa ser redobrado.  Acontece que a capacidade de regular o calor depende do desempenho do sistema nervoso central. Nos pequenos, o sistema nervoso central não está totalmente desenvolvido e nos idosos pode estar em processo de deterioração. Já pessoas com doenças crônicas como diabetes, doenças renais ou pulmonares, por exemplo, têm mais probabilidade de ter efeitos colaterais graves com a exposição excessiva ao calor.

Como evitar insolação

Além de evitar se expor a ambientes muito quentes ou ficar embaixo do sol, especialmente das 10h às 16h, período mais crítico, é recomendável evitar o consumo de substâncias como álcool, cocaína, cafeína e até alguns tipos de remédios diuréticos, que são usados para diminuir a retenção de líquido e causam desidratação.

O Ministério da Saúde também lembra que se proteger utilizando apenas o guarda-sol na praia não é solução para o problema. Mesmo sem estar diretamente exposta, a pessoa pode pegar insolação porque a areia reflete o sol, elevando a temperatura do corpo.