Instituto Butantan pedirá registro da CoronaVac no dia 23
A expectativa é obter o registro até o final deste ano e iniciar a vacinação em janeiro
O Instituto Butantan desistiu de pedir liberação para uso emergencial da vacina CoronaVac e pretende enviar o estudo conclusivo à Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) no próximo dia 23. Dessa maneira, tentará o registro definitivo do imunizante que já começou a ser produzido no Brasil.
A recomendação foi do comitê internacional independente que acompanha a pesquisa em parceria entre o Butantan e a biofarmacêutica chinesa Sinovac Biotech.
“Registrar a vacina com estudo conclusivo vai permitir maior confiabilidade na análise da eficácia da vacina. Outro benefício será conquistar o registro definitivo da vacina em vários países do mundo”, afirmou o governador de São Paulo, João Doria.
A expectativa é obter o registro da vacina do Butantan até o final deste ano e iniciar a vacinação em São Paulo no dia 25 de janeiro conforme programação do governo estadual.
Estudo encerrado
A fase três do estudo clínico da CoronaVac será encerrada no país nesta semana, já que o patamar ideal de 154 voluntários com diagnóstico positivo de coronavírus foi superado. Ao todo, 170 voluntários foram contaminados.
O estudo envolveu 11 mil pessoas, sendo que metade delas recebeu duas doses da vacina, enquanto as demais tiveram a aplicação de placebo.
A análise final vai medir a taxa de eficácia do imunizante comparando quantos receberam o imunizante e quantos tomaram a vacina. A taxa mínima recomendada pela Anvisa é de 50% como parâmetro de proteção.
Fabricação em curso
O envase de doses da vacina em solo brasileiro começou na última quarta-feira, 9. Esse processo, que é realizado na fábrica do Butantan, seguirá ininterruptamente durante os sete dias da semana, 24 horas por dia.
Segundo o governo do estado, a meta é produzir 1 milhão de doses diárias. Para dar conta da demanda, 120 novos funcionários serão contratados para reforçar a produção.