Jornalista com tumor cerebral compartilha primeiros sintomas
Inglesa alerta outras pessoas para fiquem atentas aos sinais
A jornalista e escritora inglesa Karen Bucknall descobriu, em 2021, que tinha um tumor cerebral enquanto fazia tratamento para um câncer de intestino.
A mulher de 52 anos disse que começou a sentir fortes dores de cabeça durante o tratamento de câncer em estágio III.
Os médicos consideraram as dores de cabeça um efeito colateral da quimioterapia. Mas em menos de um ano, exames apontaram para o tumor cerebral.
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Além das dores de cabeça que só se intensificavam, Karen também notava uma piora na sua audição, assim como no equilíbrio e na mobilidade.
O diagnóstico foi um tumor cerebral não canceroso – conhecido como neurinoma do acústico benigno.
Tumor cerebral
Um tumor cerebral, muitas vezes, tem um desenvolvimento lento. Porém, uma vez que um ele se torna grande o suficiente para interferir nos tecidos saudáveis, pode provocar os primeiros sintomas.
O tipo de tumor de Karen, o neurinoma do acústico, é raro. Segundo o portal neurinoma.org.br, estudos estatísticos mostram que sua incidência na população em geral é de 1 caso para 100.000 habitantes por ano.
Esse tumor pode produzir zumbidos no ouvido, vertigens e perturbações do equilíbrio. Manifestações que muitas pessoas simplesmente ignoram por não as considerarem tão significativas.
Por conta da proximidade e íntima relação com o nervo trigêmeo e nervo facial, alguns pacientes podem apresentar formigamento na face ou paralisia facial. Mesmo tumores pequenos podem provocar esses sintomas.
O tratamento do neurinoma do acústico depende do tamanho, da sintomatologia, do estado clínico geral do paciente.
Como geralmente esse tipo de tumor apresenta um crescimento extremamente lento, pode ser que a pessoa não necessite nunca de tratamento, sendo necessário apenas acompanhar o seu desenvolvimento.
Em outros casos, pode ser necessária uma microcirurgia, com um corte atrás da orelha.
Já em casos em que o tumor é considerado grande, é feita uma abertura da calota craniana e retirá-lo.
O tumor de Karen está atualmente estável e ela apenas faz exames de ressonância magnética todos os anos para monitorá-lo.