Jornalista com tumor cerebral compartilha primeiros sintomas

Inglesa alerta outras pessoas para fiquem atentas aos sinais

25/03/2023 07:30

A jornalista e escritora inglesa Karen Bucknall descobriu, em 2021, que tinha um tumor cerebral enquanto fazia tratamento para um câncer de intestino.

A mulher de 52 anos disse que começou a sentir fortes dores de cabeça durante o tratamento de câncer em estágio III.

Os médicos consideraram as dores de cabeça um efeito colateral da quimioterapia. Mas em menos de um ano, exames apontaram para o tumor cerebral.

Jornalista alerta para os primeiros sintomas de tumor cerebral
Jornalista alerta para os primeiros sintomas de tumor cerebral - reprodução/Instagram/karenbucknall/

Além das dores de cabeça que só se intensificavam, Karen também notava uma piora na sua audição, assim como no equilíbrio e na mobilidade.

O diagnóstico foi um tumor cerebral não canceroso – conhecido como neurinoma do acústico benigno.

Tumor cerebral

Um tumor cerebral, muitas vezes, tem um desenvolvimento lento. Porém, uma vez que um ele se torna grande o suficiente para interferir nos tecidos saudáveis, pode provocar os primeiros sintomas.

O tipo de tumor de Karen, o neurinoma do acústico, é raro. Segundo o portal neurinoma.org.br, estudos estatísticos mostram que sua incidência na população em geral é de 1 caso para 100.000 habitantes por ano.

Esse tumor pode produzir zumbidos no ouvido, vertigens e perturbações do equilíbrio. Manifestações que muitas pessoas simplesmente ignoram por não as considerarem tão significativas.

Por conta da proximidade e íntima relação com o nervo trigêmeo e nervo facial, alguns pacientes podem apresentar formigamento na face ou paralisia facial. Mesmo tumores pequenos podem provocar esses sintomas.

Karen descobriu o tumor cerebral quando fazia tratamento para câncer de intestino
Karen descobriu o tumor cerebral quando fazia tratamento para câncer de intestino - reprodução/Instagram/karenbucknall/

O tratamento do neurinoma do acústico depende do tamanho, da sintomatologia, do estado clínico geral do paciente.

Como geralmente esse tipo de tumor apresenta um crescimento extremamente lento, pode ser que a pessoa não necessite nunca de tratamento, sendo necessário apenas acompanhar o seu desenvolvimento.

Em outros casos, pode ser necessária uma microcirurgia, com um corte atrás da orelha.

Já em casos em que o tumor é considerado grande, é feita uma abertura da calota craniana e retirá-lo.

O tumor de Karen está atualmente estável e ela apenas faz exames de ressonância magnética todos os anos para monitorá-lo.