Jovem com esclerose múltipla aos 24 anos fala dos primeiros sinais
Antes de receber o diagnóstico, a jovem passou por inúmeros médicos que diziam que ela sofria de ansiedade
Uma jovem norte-americana, moradora de Nova Jersey, foi diagnosticada com esclerose múltipla aos 24 anos, depois de ir a inúmeros especialistas.
Angelina Cubero reclamava de dificuldade de concentração e de realizar tarefas cotidianas, mas os médicos insistiam que os sintomas eram fruto apenas da ansiedade.
Foram três anos de ida a muitos especialistas diferentes até chegar ao diagnóstico de esclerose múltipla.
Angelina finalmente obteve uma resposta em 2020, depois que uma ressonância magnética detectou várias lesões e placas em seu cérebro.
Sinais de alerta de esclerose múltipla
Agora, na esperança de impedir que outras pessoas enfrentem a mesma demora até chegar ao diagnóstico, Angelina quer aumentar a conscientização sobre a doença.
Ela tem se dedicado a divulgar os sinais de alerta que as pessoas devem observar.
O primeiro é a névoa cerebral – definida como ataques súbitos de confusão, esquecimento, dificuldade de concentração e falta de nitidez mental.
Este é um sintoma comum da doença que muitas vezes pode atrapalhar o processo de pensamento, fazendo com que as pessoas passem longos períodos em tarefas simples.
Também conhecido como “névoa da engrenagem”, isso pode impedir que os pacientes se lembrem de detalhes simples e memórias de curto prazo.
Isso ocorre devido a danos no cérebro, que deixa partes do sistema nervoso vulneráveis.
Esse dano pode ser detectado em uma ressonância magnética e normalmente é o primeiro sinal para o médico de que o paciente pode ter esclerose.
Outro sintoma precoce da doença é dormência e formigamento nas pernas, o que pode causar falta de mobilidade nos membros.
E por último, mas não menos importante, na lista de sintomas da esclerose múltipla está a enxaqueca.
Embora muitas pessoas sintam dores de cabeça, os que sofrem de esclerose múltipla têm duas vezes mais chances de senti-las.
Ainda não se sabe ao certo porque isso acontece, mas há duas hipóteses: que são desencadeadas pelo dano crescente ao cérebro ou porque a doença afeta a maneira como o corpo regula os hormônios.
Esclerose múltipla
A condição afeta mais de 2,8 milhões de pessoas em todo o mundo. No Brasil, cerca de 40 mil pessoas possuem o diagnóstico, de acordo com o Ministério da Saúde.
A esclerose múltipla é uma doença autoimune, em que o sistema imunológico passa a agredir a bainha de mielina, responsável por transmitir sinais para outras células. Esse dano prejudica os comandos do cérebro para o restante do corpo.
Isso gradualmente incapacita o sistema nervoso, fazendo com que a pessoa perca o controle das funções motoras em todo o corpo.
A pessoa pode passar a ter problemas de visão, equilíbrio e movimento.
Os sintomas mais comuns de esclerose múltipla
- fadiga intensa
- alterações ligadas à fala e deglutição
- transtornos visuais: visão embaçada; visão dupla
- problemas de equilíbrio e coordenação
- aumento da contração muscular com rigidez de membros ao movimentar-se
- formigamento em partes do corpo
- transtornos cognitivos: processamento da memória e execução de tarefas
- transtornos emocionais: depressão; ansiedade; alterações de humor; irritação; transtorno bipolar
- transtornos sexuais: disfunção erétil nos homens; diminuição de lubrificação vaginal nas mulheres.