Medo de perder algo importante? Entenda o FOMO e aprenda a controlar
Embora seja comum entre quem passa muito tempo nas redes sociais, o FOMO também pode afetar quem está desconectado
O avanço das redes sociais transformou a forma como as pessoas se conectam e consomem informações. Mas esse excesso de conteúdos pode levar ao FoMO (Fear of Missing Out, traduzido como medo de perder algo).

Esse fenômeno afeta milhões de pessoas ao redor do mundo, especialmente jovens. Vamos entender mais sobre ele e aprender a identificar seus sinais.
O que é o FOMO?
O FOMO, que começou a ser discutido em 2004 e ficou popular em 2010, é um fenômeno psicológico que se caracteriza pela sensação de estar perdendo experiências importantes que outras pessoas estão vivendo. Ele nasce da necessidade de pertencimento e da busca incessante por estar conectado e atualizado.
Muita gente sente ansiedade ao pensar que pode deixar de saber algo interessante, perder a chance de participar de algo divertido ou ficar excluída de um evento importante.
A superexposição nas redes sociais amplifica essa sensação ao exibir, frequentemente, vidas que parecem perfeitas e repletas de momentos extraordinários.
Segundo especialistas da Universidade de Oxford, no Reino Unido, o FOMO não é apenas um sentimento passageiro, mas pode se manifestar como um estado mental de longo prazo, gerando ansiedade, insatisfação e até mesmo problemas mais graves, como isolamento social e dificuldade de controlar emoções.
Como as redes sociais agravam esse problema?
As plataformas digitais facilitam a conexão, mas também potencializam a comparação social. Ao navegar por um feed, é comum ver viagens incríveis, eventos animados ou conquistas alheias. Esse fluxo constante de informações ativa o sistema de recompensa do cérebro, gerando prazer momentâneo.
Porém, ao perceber que outros estão “aproveitando mais”, o resultado pode ser uma mistura de angústia e necessidade de validação.
Estudos revelam que a exposição prolongada às redes sociais está associada à insônia, ansiedade e até comportamentos de risco.
Além disso, adolescentes são especialmente vulneráveis, já que estão em uma fase de formação de identidade e pertencimento social.
Quais são os sinais do FOMO?
Alguns comportamentos podem indicar que você ou alguém próximo está sofrendo com o FOMO:
- Necessidade de estar sempre online: verificar constantemente as redes sociais para não “perder” atualizações.
- Ansiedade ao ficar desconectado: preocupação excessiva quando não é possível acessar a internet.
- Insatisfação pessoal: sentimento de que sua vida é menos interessante ao compará-la com a dos outros.
- Compulsão por postar: necessidade de compartilhar tudo o que faz, focando apenas nos momentos positivos e omitindo dificuldades.
- Dificuldade em relaxar: incapacidade de aproveitar o presente sem se preocupar com o que está “perdendo”.
Como lidar com o FOMO?
A boa notícia é que existem formas de minimizar os efeitos do FOMO:
- Reduza o tempo de uso das redes sociais: estabelecer limites diários pode ser um bom começo.
- Reavalie suas conexões: deixe de seguir perfis que causam ansiedade ou insatisfação.
- Pratique o mindfulness: concentre-se no presente e nas atividades que realmente trazem prazer.
- Desconecte-se regularmente: adote períodos sem internet para reconectar-se consigo mesmo e com o mundo ao seu redor.
- Busque ajuda profissional: em casos mais graves, o acompanhamento psicológico pode ser essencial.
Especialistas destacam que o FOMO não é apenas um problema de ansiedade. Ele pode prejudicar o sono, comprometer relacionamentos e até interferir no desempenho acadêmico ou profissional.
Identificar os sinais precocemente e adotar medidas para lidar com o problema é crucial para evitar consequências mais graves.