Modelo enfrenta doença rara e consegue ficar ainda mais bonita

 
 

Essa imagem acima é um antes e depois que a modelo Dai Macedo engordou 9 quilos – e , agora, se sente mais feliz.
Mas ela enfrenta uma doença rara e pouco conhecida, que encolhe e degenera tecidos, chamada de Síndrome de Parry-Romberg.

 
Por ser modelo, ela desesperou. “Foi como se meu mundo tivesse acabado. Como vou trabalhar na televisão com a cara toda deformada? Comecei a não querer sair mais, a ficar em casa”.
Como é uma doença sem cura, passou por cirurgias para preencher as deformidades do rosto com gordura retirada do próprio joelho da modelo.

Dai descobriu que era portadora da síndrome através de exames pedidos por uma reumatologista em junho deste ano. “Passa um monte de coisas na sua cabeça nessa hora. Achei que ia ter de parar de estudar, de fazer minhas coisas, achei que teria de fazer um tratamento e que seria muito caro. Para mim era como se fosse um câncer.”
A doença é considerada rara: ela atinge 1 em cada 700 mil pessoas, mulheres em sua maioria. “Não é hereditária, mas é associada a outras doenças, como vitiligo, que há casos na minha família”, explica ela.
Após o período de desespero ao saber da doença, Dai encontrou sentido no que está passando. “Tive uma luz, acho que Deus falou no meu coração. Comecei a pensar, vou parar minha vida por causa disso? Eu tenho de reagir. Passei a usar mais base e corretivo, deixei o cabelo crescer para tampar o rosto”, conta ela. No início não foi fácil. “Fico pensando… Será que eu fiz alguma maldade com alguém? Tem hora que ainda me dá isso, sabe? Estou pagando por algo que fiz? Mereço isso?”, emociona-se ela. “Estou tentando ficar forte, superar.”

 

Teve de lidar com a curiosidade; “Muita gente fala que tá sujo, acha que é cicatriz… Eu dizia que caí. Mas agora resolvi contar o que era para poder ajudar as pessoas. Eu disfarcei bastante, sempre procurei agir com naturalidade porque tinha medo do olhar e do julgamento das pessoas.”

Ela resolveu ser transparente. “É como seu eu tivesse uma luz de poder ajudar alguém a superar não só uma doença como essa. Mas se tem algo que te limita, vim aqui dizer que nada pode limitar a gente. Nós mesmos que nos limitamos. Eu não poderia aceitar essa doença e me resignar, me afundar nisso. Comecei a ficar forte, sabe? Tenho de ser forte, seguir adiante”, diz ela, que sentiu o golpe em sua vaidade. “Isso me pegou porque sou muito vaidosa, sempre fui, sempre gostei de me maquiar, de tirar foto. Isso pegou bastante. Nem faço mais selfie. Ainda bem que tem o facetunes”, diz.

A doença teve um efeito psicológico. Levou Dai a repensar o padrão de beleza e sua relação com o corpo e com a vida “Estamos em uma sociedade em que as pessoas impõem um padrão de beleza e acaba que a gente nem quer aquilo porque gosta ou quer, mas porque exigem da gente. Acho que Deus me permitiu viver isso porque parecia que nada ia me barrar e que eu ia conseguir tudo o que quero. Aí isso me barrou um pouco. Percebi que somos todos iguais, não tem ninguém melhor do que ninguém. Esse tipo de coisa é para gante ser mais humilde. Passei a pensar melhor sobre o o que vale a pena e me faz mais feliz. Não fico mais na paranoia de dieta demais. Eu faço porque é meu trabalho como modelo, mas parei de me privar tanto das coisas que gosto de comer também”, revela ela.
Hoje, com mais peso, o rosto dela está assim assim: