Mulher de 37 anos descobre câncer de mama agressivo ao colocar biquíni

Em setembro de 2022, enquanto estava em uma viagem com a família, Julie Devaney Hogan experimentava um biquíni para usar na praia, quando percebeu uma “protuberância quase imperceptível” no seio. Este foi o primeiro sinal do câncer de mama que ela enfrentaria nos meses seguintes, aos 37 anos.

A americana notou a protuberância, do tamanho de uma ervilha, logo abaixo do mamilo direito. “Meu biquíni salvou a minha vida”, destacou a executiva de tecnologia, durante uma entrevista ao portal Today.

Logo após apalpar o seio, Julie lembrou que procurou atendimento médico o mais rápido possível e que, inicialmente, os profissionais da saúde não demonstraram muita preocupação com o caroço, justamente por causa de seu perfil.

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“Não houve outros sintomas. O câncer não se manifestou de nenhum outro jeito e não tenho histórico familiar ou outros sintomas que me colocariam em estado de alerta”, afirmou.

Mesmo assim, ela insistiu em fazer os exames: “Com muita pressão e persistência, consegui marcar uma consulta na semana seguinte. Eu poderia ter adiado e dito ‘estou ocupada, tenho coisas acontecendo’, mas estou muito grata por ter insistido.”

“E me disseram que se eu esperasse, estaríamos em um cenário muito diferente”, completou Julie.

Diagnóstico e tratamento

Dias mais tarde, os resultados dos exames entregaram que o pequeno caroço se tratava de um câncer de mama agressivo do tipo carcinoma ductal invasivo, no estágio 3, com mutação HER2 positivo.

Além disso, os médicos se deram conta de que a doença havia se espalhado no sistema circulatório de Julie.

A americana, então, foi submetida a uma mastectomia dupla e retirou os dois seios. Ela também precisou de 12 sessões de quimioterapia, da remoção de linfonodos e de radiação.

Após este período em tratamento, o tumor continuou aparecendo nos novos exames, então Julie começou a quimioterapia novamente, que durará até o próximo ano. Além disso, em novembro, ela passará por uma cirurgia reconstrutiva.

Como Julie está hoje?

Durante o tratamento, a executiva de tecnologia tirou licença do trabalho para cuidar de si mesma e de seus três filhos pequenos.

“Eu realmente comecei a pensar nisso como um novo trabalho da minha vida. Iria dedicar horas por semana para garantir que eu conseguisse passar pela doença”, explicou.

Atualmente, Julie continua em tratamento e se dedica em alertar mulheres jovens sobre a doença, mesmo que elas estejam abaixo da idade indicada para realizar mamografias.

Para isso, ela criou o Season for Squeezin, um movimento que incentiva mulheres a prestarem mais atenção em seus seios.

Uma das ações do grupo é pedir que fabricantes de biquínis incluam etiquetas com informações sobre câncer de mama. Outras iniciativas incluem campanhas de conscientização e de informações nas redes sociais.