OMS monitora nova linhagem do coronavírus detectada na Índia
Ainda não se sabe se a cepa causa doença mais grave e se tem a capacidade de escapar da proteção das vacinas
A Organização Mundial da Saúde (OMS) acompanha uma nova sub-linhagem da variante Ômicron do coronavírus que foi detectada em países como a Índia.
A cepa tem sido chamada de BA.2.75 e parece ter algumas mutações no domínio de ligação ao receptor da proteína spike, uma parte fundamental do vírus que se liga às células humanas para fazer a invasão.
De acordo com a cientista-chefe da OMS, Soumya Swaminathan, ainda é muito cedo para saber se essa subvariante tem propriedades de escapar da proteção conferida pelas vacinas ou se provoca doença mais grave.
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“Temos que esperar para ver”, disse ela, acrescentando que a OMS está em constante rastreamento da evolução do vírus SARS-CoV-2 no mundo.
“A qualquer momento, se houver o surgimento de um vírus que pareça muito diferente de um anterior, o suficiente para ser chamado de variante separada de preocupação, o comitê fará isso”, afirmou.
Aumento de casos da covid
A atualização epidemiológica semanal da OMS sobre a covid-19, divulgada em 6 de julho, informou que, globalmente, o número de novos casos semanais aumentou pela quarta semana consecutiva após uma tendência de declínio desde o último pico em março de 2022.
Durante a semana de 27 de junho a 3 de julho, foram registrados mais de 4,6 milhões de casos, número semelhante ao da semana anterior. O número de novas mortes semanais diminuiu 12% em comparação com a semana anterior, com mais de 8.100 mortes relatadas.
De acordo com a OMS, entre as linhagens da Ômicron, as proporções de BA.5 e BA.4 continuam a aumentar. A BA.5 foi detectada em 83 países. Embora BA.4, que foi detectada em 73 países, também esteja aumentando globalmente, a taxa de aumento não é tão alta quanto a de BA.5.