Saiba quais são os 19 sintomas atualizados da Ômicron

Grupo de pesquisadores alerta que coriza e dor de cabeça e garganta estão entre as manifestações que podem justificar a realização um teste de covid-19

Febre e perda ou alteração do olfato e paladar foram reconhecidos como os principais sinais de infecção por coronavírus nos últimos dois anos. No entanto, a variante Ômicron está provando causar diferentes efeitos, e seus sintomas podem ser confundidos com um resfriado comum.

Uma análise dos relatórios de saúde no Reino Unido gerou uma nova lista de sintomas causados frequentemente por essa nova cepa.

O estudo foi realizado por especialistas do aplicativo ZOE Covid, que desde o início da pandemia faz o monitoramento das manifestações clínicas da covid-19.

Eles analisaram os casos positivos registrados em dezembro de 2021, quando a Ômicron se tornou dominante, e compararam esses dados com os do início de outubro, quando Delta era a variante dominante.

As descobertas se alinham com dados de um pequeno grupo que teve seus resultados de PCR positivos tidos pelo governo como suspeitos ou confirmados de infecções por Ômicron.

O que chamou atenção é que a perda do olfato e do paladar se tornou muito menos comum. No início de 2021, esses sintomas estavam entre os 10 principais, mas agora aparecem mais no fim da lista, com apenas uma em cinco pessoas experimentando esse efeito.

Estudo aponta quais os 19 principais sintomas causados da variante Ômicron
Créditos: Cottonbro/Pexels
Estudo aponta quais os 19 principais sintomas causados da variante Ômicron

Por outro lado, dor de cabeça, coriza, espirros e de dor de garganta aparecem no topo da lista. Isso porque a nova versão do vírus tende a afetar mais o sistema respiratório superior – nariz, boca e garganta – e menos os pulmões, segundos estudos recentes.

Tim Spector, professor de Epidemiologia Genética do King’s College London e cientista por trás do aplicativo de estudo ZOE Covid, alertou que as pessoas precisam ter conhecimento sobre os novos sintomas que estão surgindo para que saibam quando fazer o teste.

Veja abaixo os 19 sintomas mais comuns da Ômicron, de acordo com o estudo:

Dor de cabeça;
Coriza;
Fadiga;
Espirros;
Dor de garganta;
Tosse;
Voz rouca;
Calafrios;
Febre;
Tontura;
Confusão mental;
Olfato alterado;
Dor nos olhos;
Dores musculares incomuns;
Perda de apetite;
Perda de cheiro;
Dor no peito;
Glândulas inchadas;
Desânimo.

Quando os sintomas tendem a aparecer?

No início da pandemia, o período de incubação da doença, ou seja, o intervalo entre a data de contato com o vírus até o início dos sintomas, era estimado entre 2 e 14 dias pelas autoridades de saúde norte-americanas e chinesas, sendo que a Organização Mundial da Saúde fixou a incubação em 2 a 10 dias.

Agora, com a Ômicron, esse intervalo tem se mostrado de apenas três dias, bem mais curto do que os quatro a cinco dias observados com a variante Delta.

A transmissão, no entanto, começa até antes disso. Uma pessoa infectada pode já passar o vírus para frente antes mesmo dos sintomas aparecerem. Veja aqui qual o período em que a pessoa com covid mais transmite o vírus.

Por que devo me preocupar com a Ômicron?

A Organização Mundial da Saúde (OMS) alertou que, embora a variante tenha provocado na maioria das vezes uma infecção menos severa, ainda assim ela tem causado mortes e não deve, portanto, ser tratada como “suave”.

Ômicron tem o poder de se espalhar muito mais rapidamente que qualquer outro vírus na história
Créditos: nopparit/istock
Ômicron tem o poder de se espalhar muito mais rapidamente que qualquer outro vírus na história

A preocupação está principalmente na pressão que a nova cepa tem exercido sobre os sistemas de saúde dos países.

Como sua propagação é rápida, a tendência é que o volume de internações aumente ainda mais e os hospitais encontrem dificuldades de lidar com esse crescente número de casos.

Como se proteger?

Como a Ômicron é muito mais contagiosa que qualquer outra versão anterior do vírus, os cuidados precisam ser reforçados.

Os infectologistas recomendam usar uma máscara de qualidade superior às de tecido e cirúrgicas.

A PFF2, por exemplo, tem uma filtragem melhor, além de vedar bem as entradas e saída de ar. Embora um pouco mais cara, ela pode ser reutilizada algumas vezes. Veja aqui como usar a PFF2 mais de uma vez com segurança.

Infectologistas recomendam o uso de máscara do tipo PFF2, que protege melhor contra o vírus
Créditos: AndreyPopov/istock
Infectologistas recomendam o uso de máscara do tipo PFF2, que protege melhor contra o vírus