Novo medicamento cura câncer de 18 pessoas terminais
Resultados preliminares do medicamento revumenibe sugerem que ele pode ter salvado vidas de pacientes terminais
Um novo medicamento experimental alcançou a remissão completa do câncer em 18 pacientes quase terminais com tumores agressivos que não responderam aos tratamentos. Eles sofriam de leucemia mieloide aguda.
A doença é o câncer do sangue mais comum em adultos, sendo responsável por 120 mil casos por ano.
A taxa de sobrevivência de três anos é de apenas 25%.
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O novo medicamento, chamado revumenibe, eliminou completamente o câncer em um terço dos participantes de um estudo clínico nos Estados Unidos.
Embora os resultados sejam preliminares e não asseguram uma cura definitiva, os autores do estudo estão otimistas.
Como funciona esta pílula?
A leucemia mieloide aguda é um tipo de câncer que ataca a medula óssea e causa a produção descontrolada de células defeituosas.
Revumenibe é uma nova classe de terapia direcionada para leucemia aguda que inibe uma proteína específica chamada menin.
A droga funciona reprogramando as células leucêmicas de volta às células normais.
Menin está envolvido no complexo mecanismo que é sequestrado pelas células leucêmicas e faz com que as células sanguíneas normais se transformem em cancerosas.
Ao usar o revumenibe, o motor é desligado e as células leucêmicas voltam a ser células normais, resultando em remissão.
Detalhes do estudo
A pesquisa contou com 68 pacientes diagnosticados com diferentes tipos de leucemia, incluindo a mieloide aguda (82%), a linfocítica aguda (16%) e a aguda de fenótipo misto (2%).
Do total, 60 pacientes eram adultos (pelo menos 18 anos) e oito eram crianças ou adolescentes (menores de 18 anos).
De acordo com os pesquisadores, 32 de 60 participantes (53%) apresentaram uma resposta geral ao tratamento.
O revumenib eliminou completamente o câncer de 18 pessoas envolvidas no estudo (30%).
A cura não é para todos
Este é definitivamente um avanço e é o resultado de anos de ciência. Muitos grupos trabalharam arduamente no laboratório para compreender o que causar as leucemias.
Porém, o medicamento não funciona para todos os pacientes.
É para um subconjunto específico de leucemias que geralmente apresentam genes ausentes ou mal rotulados ou uma fusão cromossômica.
A pílula experimental tem como alvo a mutação mais comum na leucemia mieloide aguda, um gene chamado NPM1, e uma fusão menos comum chamada KMT2A.
Combinadas, estima-se que essas mutações ocorram em cerca de 30 a 40 % das pessoas com leucemia mieloide aguda.