O que provoca a demência? Veja 3 fatores que aumentam o risco

Com o crescimento alarmante da demência no mundo, uma pesquisa da Universidade de Oxford aponta fatores de risco para a doença; entenda!

À medida que a população mundial envelhece, uma pergunta cada vez mais feita entre as pessoas é: o que provoca a demência? Estudos recentes estão trazendo esperança e claridade sobre como podemos agir para reduzir o risco dessa condição complexa e debilitante.

Um estudo da Universidade de Oxford destaca fatores de risco modificáveis que têm um impacto considerável no desenvolvimento da demência.

3 fatores que aumentam o risco de demência
Créditos: iSTock
3 fatores que aumentam o risco de demência

Segundo estimativas da Organização Mundial da Saúde (OMS), o número de pessoas afetadas pela demência deverá aumentar de 55 para 139 milhões até 2050.

Portanto, a pesquisa liderada por Gwenaëlle Douaud, professora adjunta em Oxford, traz percepções valiosas.

A equipe identificou na investigação três fatores de risco principais para demência: diabetes, poluição do ar relacionada ao trânsito e consumo de álcool.

O que provoca a demência? Conheça 3 causas

A pesquisa em Oxford aponta a diabetes, a poluição do ar e o álcool como os 3 fatores de risco mais prejudiciais que provocam demência.

O estudo utilizou uma abordagem inovadora, analisando exames cerebrais de 40.000 participantes com mais de 45 anos do Biobank do Reino Unido.

Ao analisar 161 fatores de risco potencialmente modificáveis, os cientistas conseguiram quantificar o impacto de cada um sobre áreas específicas do cérebro mais suscetíveis à degeneração.

Como a diabetes, a poluição do ar e o álcool afetam o cérebro?

O álcool é um dos principais fatores de risco da demência
Créditos: HayDmitriy/DepositPhotos
O álcool é um dos principais fatores de risco da demência

Evidências mostram que regiões do cérebro vulneráveis ao envelhecimento precoce são afetadas pela diabetes, poluição do ar e consumo de álcool, segundo pesquisa.

“Cada um desses fatores contribui de forma significativa para acelerar o processo de degeneração em áreas críticas do cérebro associadas à demência”, explanou a professora Douaud.

É possível modificar esses fatores de risco?

Apesar do desafio que a demência representa, a boa notícia é que os fatores de risco identificados são modificáveis.

Então, isso significa que mudanças de comportamento e políticas públicas de saúde podem efetivamente reduzir o risco de desenvolvimento dessa condição.

Medidas como o controle da diabetes, a redução da poluição do ar e a conscientização sobre os riscos do álcool podem ter um impacto significativo.

Por fim, o estudo da equipe de Oxford identificou fatores como educação, pressão alta, colesterol elevado, viver sozinho e ser do sexo masculino como influentes no risco de demência.

Quais os primeiros sinais de demência?

  • Problemas para planejar e seguir instruções
  • Dificuldade em encontrar palavras
  • Insônia e cansaço
  • Mudanças de humor

Atualmente, ao menos 1,76 milhão de pessoas têm alguma forma de demência no Brasil, segundo dados divulgados pelo Ministério da Saúde. Contudo, casos da doença aumentam com o envelhecimento da população e podem chegar a 5,5 milhões até 2050.

Para a suspeita do diagnóstico devem ser levados em consideração vários sintomas e sinais como esses quatro supracitados, segundo especialistas.