O sinal psicológico importante que pode indicar deficiência de ômega 3
Se você está enfrentando sintomas que têm afetado sua saúde mental pode ser útil avaliar sua ingestão de ômega 3
A deficiência de ômega 3 pode se manifestar de várias formas, mas um sinal psicológico importante que merece atenção é o aumento da ansiedade e depressão.
O que é o ômega 3?
O ômega-3 é um ácido graxo essencial para o bom funcionamento do corpo e do cérebro. Ele desempenha um papel vital na saúde mental, influenciando o humor, a memória e a capacidade de lidar com o estresse.
Com o estilo de vida moderno e a dieta ocidental rica em alimentos processados, muitas pessoas não estão recebendo quantidades adequadas de ômega 3, o que pode levar a sérios problemas de saúde mental.
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O papel do ômega 3 na saúde do cérebro
Os ácidos graxos ômega-3, especialmente o EPA (ácido eicosapentaenoico) e o DHA (ácido docosahexaenoico), são fundamentais para o desenvolvimento e a função do cérebro.
Esses nutrientes são componentes estruturais das membranas celulares e influenciam diretamente a comunicação entre as células nervosas. Eles ajudam a regular neurotransmissores como a serotonina e a dopamina, que desempenham papéis cruciais na regulação do humor.
Estudos indicam que baixos níveis de ômega-3 podem levar a alterações na função cerebral, resultando em mudanças no comportamento emocional, como ansiedade, irritabilidade e depressão.
Isso ocorre porque a deficiência de ômega 3 prejudica a produção de substâncias químicas cerebrais associadas ao bem-estar e ao equilíbrio emocional.
As evidências científicas
Um estudo publicado no Journal of Clinical Psychiatry avaliou os efeitos do ômega 3 na depressão. Ele contou com 432 pessoas com a doença.
Metade dos participantes tomou 1.050 mg de ácido eicosapentaenóico (EPA) todos os dias durante oito semanas. O EPA é um dos três principais ácidos graxos de ômega 3. O outro grupo tomou um placebo aromatizado com óleo de peixe para que não percebessem a diferença.
Os resultados mostraram que para pessoas deprimidas, mas não ansiosas, o ômega 3 foi eficaz na redução dos sintomas.
A relação entre depressão e baixos níveis de ômega 3 já foi amplamente documentada em vários estudos. De fato, países onde o consumo de peixes ricos em ômega 3 é alto tendem a ter taxas mais baixas de depressão na população.
O ômega 3 influencia diretamente a produção de neurotransmissores responsáveis pela sensação de bem-estar. A serotonina, conhecida como o “hormônio da felicidade”, é uma dessas substâncias.
Com baixos níveis de ômega 3, a produção e a função da serotonina podem ser prejudicadas, resultando em sentimentos de tristeza, falta de motivação e fadiga mental.
Além disso, o ômega-3 ajuda a reduzir a inflamação no corpo, incluindo no cérebro. A inflamação crônica está diretamente ligada ao desenvolvimento de depressão. Quando o corpo e o cérebro estão em um estado inflamatório, o risco de problemas de saúde mental aumenta consideravelmente.
Quais os alimentos ricos em ômega 3?
- Salmão
- Sardinha
- Arenque
- Atum
- Cavala
Além dos peixes, outras fontes de ômega-3 incluem alimentos de origem vegetal, como:
- Sementes de linhaça
- Chia
- Nozes
- Óleo de linhaça
Para garantir uma ingestão adequada de ômega-3, é recomendado consumir pelo menos duas porções de peixe gorduroso por semana. Se isso não for possível, suplementos de ômega-3, especialmente os que contêm EPA e DHA, podem ser uma alternativa. É sempre importante suplementar com a orientação médica.