OMS é notificada sobre varíola do macaco identificada no Reino Unido
Doença viral já foi identificada em sete pessoas nas últimas semanas, segundo autoridades britânicas
A Organização Mundial da Saúde (OMS) informou que foi notificada no dia 7 de maio sobre um caso raro de varíola do macaco identificado em uma pessoa do Reino Unido que esteve na Nigéria, na África.
A OMS disse que por causa do histórico de viagem e dos sintomas apresentados, os médicos desconfiaram que poderia ser um caso da infecção e isolaram o paciente. Os exames de laboratório confirmaram a suspeita, em 6 de maio.
Ainda segundo a agência de saúde da ONU, no dia 11 iniciou-se um rastreamento de pessoas que tiveram contato com o indivíduo, em ambientes de saúde e no voo de volta ao Reino Unido.
Mais casos de varíola do macaco no Reino Unido
Após a notificação do primeiro caso à OMS, o Reino Unido já confirmou outros seis, totalizando sete pacientes infectados nas últimas semanas.
O que chama a atenção é que os novos casos não têm ligação com viagem à África, continente onde a doença é endêmica.
As autoridades de saúde britânicas informaram que todos os quatro novos pacientes se identificam como gays, bissexuais ou homens que fazem sexo com homens.
Enfermeiros e médicos estão sendo aconselhados a ficarem “alertas” aos pacientes que apresentam sintomas típicos da doença.
“Embora as investigações continuem em andamento para determinar a fonte de infecção, é importante enfatizar que ela não se espalha facilmente entre as pessoas e requer contato pessoal próximo com uma pessoa sintomática infectada”, informou a Agência de Segurança da Saúde do Reino Unido (UHKSA) em comunicado.
Sintomas da varíola do macaco
A varíola dos macacos é uma doença viral com infecções humanas bem acidentais, que ocasionalmente ocorrem, mas em partes de florestas do oeste e do centro da África.
A infecção viral rara começa com sintomas semelhantes aos da gripe, como dores musculares, de cabeça e calafrios, além de inchaço dos gânglios linfáticos. Depois, progride para uma erupção cutânea que se espalha para o rosto e o corpo.
As lesões costumam ser dolorosas e as pessoas sentem muita coceira.
O período de incubação do vírus é de seis a 13 dias, mas pode variar de cinco a 21 dias. A doença geralmente se resolve num período de duas a três semanas.