OMS diz que variante Ômicron representa risco elevado para o mundo

Em alerta, países do G7 se reúnem em caráter de urgência para discutir ações contra a dispersão da nova cepa

A Organização Mundial da Saúde (OMS) avaliou que a variante Ômicron do coronavírus, recém-descoberta, representa um risco elevado para o mundo, porém, ainda não é possível saber qual o real perigo.

Entre as incógnitas, cabe saber se a variante pode causar sintomas mais graves e  se as vacinas contra a covid-19 existentes protegem contra ela.

“Até o momento não se registrou nenhuma morte associada à variante Ômicron”, afirmou a OMS em um documento técnico.

Variante Ômicron representa risco elevado para o mundo, adverte a OMS
Créditos: NiseriN/istock
Variante Ômicron representa risco elevado para o mundo, adverte a OMS

Apesar das dúvidas, a entidade pediu para que as autoridades de saúde dos países se adiantassem para tentar frear o avanço da nova cepa.

“Dadas as mutações que poderiam conferir a capacidade de escapar de uma resposta imune, e dar-lhe uma vantagem em termos de transmissibilidade, a probabilidade de que a Ômicron se propague pelo mundo é elevada”, afirma a organização.

Reunião do G7

A preocupação com o avanço da variante motivou uma reunião de urgência entre os ministros da Saúde dos países do G7 nesta segunda-feira, 29, em Londres. Os líderes irão discutir medidas para tentar frear a disseminação da cepa.

A lista de países que detectaram casos da nova variante só aumenta. Até o início desta segunda-feira, 29, ela já tinha sido confirmada em ao menos 14 países e territórios. Entre eles, Portugal, Reino Unido, Dinamarca, Austrália, Itália, Alemanha, Israel, além de nações africanas.

Como medida contra o avanço da Ômicron, vários países já restringiram voos vindos de países africanos, onde há mais registro de casos.

No Brasil, o governo federal seguiu a recomendação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e proibiu a entrada de viajantes vindos da África do Sul e de outros 5 países.