Os sinais e sintomas mais comuns de esquizofrenia
Geralmente a pessoa que apresenta esse transtorno psicótico não tem consciência de sua doença
A esquizofrenia é um transtorno psicótico grave, que afeta aproximadamente 24 milhões de pessoas ou 1 em cada 300 pessoas (0,32%) em todo o mundo, segundo a Organização mundial da Saúde (OMS).
Os afetados tornam-se completamente indiferentes ao que acontece, reagem de forma insensata ou inconsistente aos acontecimentos externos, perdem o contato com a realidade e isolam-se em seu próprio mundo.
Por sua característica, compromete todos os aspectos da vida da pessoa, perturbando profundamente suas relações e, portanto, envolvendo também o núcleo familiar.
- Estudo aponta para fator que aumenta em 31% o risco de demência
- Parente com demência? Estes são os principais sinais aos quais se atentar
- Depressão nos homens: entenda por que os sintomas podem ser diferentes dos das mulheres
- Seu filho pode ter TOD? Conheça os primeiros sinais que podem surgir na escola
Como a esquizofrenia se manifesta?
A esquizofrenia é um transtorno caracterizado por alterações no pensamento, na percepção, no comportamento e na afetividade.
Indivíduos com esquizofrenia frequentemente apresentam afeto inadequado, estado de humor negativo (depressão, ansiedade, raiva ) e ritmo alterado de sono/vigília.
Também podem ocorrer despersonalização e desrealização.
Os déficits cognitivos geralmente incluem diminuição da memória, das funções linguísticas, da velocidade de processamento e da atenção.
Alguns indivíduos com esquizofrenia apresentam déficits na cognição social e muitas vezes não têm consciência da doença, segundo o DSM-5, o Manual de Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais.
Os sintomas da esquizofrenia são altamente variáveis tanto em relação à fase da doença, quanto ao subtipo clínico. Podem apresentar-se em momentos críticos (episódicos) ou de forma estável e crônica e geralmente são divididos em dois grupos: sintomas positivos e negativos.
Os sintomas positivos são manifestações novas e anormais decorrentes da doença, enquanto os sintomas negativos derivam da perda de habilidades que estavam presentes antes do início da doença.
Sinais e sintomas mais comuns de esquizofrenia
Sintomas esquizofrênicos positivos
- Delírios, entendidos como crenças contrárias à realidade, firmemente mantidas apesar das evidências em contrário. Os mais frequentes são os de perseguição;
- Alucinações, ou seja, alterações de percepção pelas quais a pessoa acredita perceber coisas que na verdade não existem. As auditivas são típicas, quando a pessoa ouve vozes que a insultam, ameaçam, comandam ou comentam suas ações;
- Desorganização e fragmentação do pensamento;
- Comportamento bizarro e desorganizado.
Sintomas esquizofrênicos negativos
- Apatia;
- Retraimento social;
- Déficit de produtividade e fluência de fala;
- Discurso confuso ou irrelevante;
- Perda de iniciativa;
- Dificuldade em manter a atenção;
- Prejuízo nas relações interpessoais, no funcionamento social e no trabalho.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), pelo menos um terço das pessoas com esquizofrenia apresenta remissão completa dos sintomas. Algumas pessoas com esquizofrenia apresentam piora e remissão dos sintomas periodicamente ao longo da vida, outras, uma piora gradual dos sintomas ao longo do tempo.
Causas da esquizofrenia
A ciência não identificou uma única causa de esquizofrenia. Pensa-se que uma interação entre genes e uma série de fatores ambientais pode causar a doença. Fatores psicossociais também podem afetar o início e o curso da esquizofrenia. O uso pesado de cannabis também está associado a um risco elevado do distúrbio.
O diagnóstico
O DSM-5 estabelece que, para se fazer o diagnóstico de esquizofrenia, os sintomas devem persistir por pelo menos 6 meses.
Além disso, pelo menos dois dos seguintes sintomas devem estar presentes durante pelo menos um mês, dos quais pelo menos um deles deve ser delírios, alucinações ou fala desorganizada.
O funcionamento prejudicado deve estar presente em uma ou mais das seguintes áreas: trabalho, relações interpessoais ou autocuidado.
Finalmente, os sintomas não devem ser melhor explicados por outro transtorno mental, nem devem ser atribuíveis aos efeitos fisiológicos de uma substância (droga, medicamento) ou outra condição médica.