Países suspendem aplicação da vacina de Oxford após casos de trombose

Há casos de vacinados que tiveram coágulos sanguíneos, mas relação com o imunizante ainda não foi provada

12/03/2021 11:10 / Atualizado em 17/03/2021 10:50

Romênia, Tailândia e Bulgária engrossaram a lista de países que suspenderam a aplicação de doses da vacina de Oxford/AstraZeneca por suspeita de ligação do imunizante com trombose. Além dos países já citados, o imunizante também foi suspenso na Dinamarca, Noruega, Islândia, Áustria, Letônia, Lituânia, Luxemburgo, Estônia e Itália.

A investigação começou depois que uma mulher de 60 anos vacinada com o imunizante de Oxford morreu com a formação de um coágulo sanguíneo na Dinamarca.

Vacina de Oxford é suspensa em alguns países da Europa por suspeita de formação de coágulos
Vacina de Oxford é suspensa em alguns países da Europa por suspeita de formação de coágulos - Udom Pinyo/istock

Além desse caso, as autoridade de saúde dinamarquesas disseram em um comunicado que há outros relatos de trombos entre pessoas vacinadas com a vacina produzida pela AstraZeneca, porém, acrescentou com cautela que não há confirmação de que os coágulos tenham ligação com a vacina.

Outros países, incluindo a França, disseram que continuarão a administrar a vacina, citando a decisão do regulador de medicamentos da União Europeia de que o imunizante é seguro para uso.

A Agência Europeia de Medicamentos (EMA) recomenda manter a aplicação da vacina da AstraZeneca enquanto investiga os casos de trombose. “A posição do comitê de segurança da EMA é que os benefícios da vacina continuam superando os riscos e pode continuar a ser administrada enquanto os casos de eventos tromboembólicos estão sendo investigados”, afirma a agência em nota divulgada nesta quinta-feira, 10.

Registro definitivo no Brasil

A vacina de Oxford, que já está em uso no Brasil, recebeu nesta sexta-feira, 12, o registro definitivo da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Antes, ela tinha apenas o registro para uso emergencial.

Em ensaios clínicos, o imunizante demonstrou eficácia e segurança e foi aprovado para uso em mais de 50 países.

Além da vacina, a Anvisa também aprovou nesta sexta-feira o uso do antiviral Remdesivir para pacientes hospitalizados com a covid-19.