Pesquisa indica composto encontrado nestes alimentos que pode prevenir câncer
Conheça o composto antioxidante encontrado em alimentos específicos e seus benefícios no combate ao câncer
Você sabia que diversas pesquisas ao longo dos anos têm apontado benefícios potenciais para a fisetina, um flavonoide com atividade antioxidante presente em frutas e vegetais?
Estudos epidemiológicos já haviam prenunciado a importância de uma dieta rica em frutas e vegetais para a redução dos riscos de câncer. E agora, pesquisadores se aprofundam na eficácia da fisetina no combate a tumores.
Devido à importância desse composto na dieta e suas promissoras propriedades anticancerígenas, é relevante ampliar a discussão sobre o assunto, trazendo informações relevantes a partir de estudos científicos recentes.
O mais recente dos trabalhos está publicado no European Journal of Medical Research por pesquisadores chineses, enquanto o outro está disponível na revista Global Medical Genetics.
Como a fisetina atua no combate ao câncer?
A fisetina, também conhecida por suas atividades biológicas anticancerígenas e anti-inflamatórias, é um composto antioxidante essencial encontrado em uma variedade de frutas e vegetais, como morangos, maçãs, pepinos, uvas e caquis.
Pesquisas recentes elucidaram alguns dos mecanismos de ação desse composto, com destaque para a inibição do estresse oxidativo e neuroproteção, bem como diversos efeitos em vários tipos de câncer, incluindo o fígado, pulmão, boca, gástrico, colorretal, entre outros.
A fisetina atua de várias maneiras para suprimir o crescimento de células cancerígenas, por meio da supressão da proliferação celular, indução de morte celular, redução da angiogênese (que é o processo de formação de novos vasos sanguíneos que alimentam o tumor), inibição da migração celular e aumento da eficácia da quimioterapia.
A autofagia é um processo que também está associado à fisetina e que é importante para a resistência às terapias de câncer.
Os desafios e limitações no uso da fisetina
No entanto, a investigação científica sobre os efeitos da fisetina ainda apresenta desafios. As pesquisas sobre a ação da fisetina na autofagia de tumores são limitadas, com resultados inconsistentes.
Além disso, as vias específicas de sinalização celular envolvidas na autofagia induzida pela fisetina ainda não são bem compreendidas.
Há também desafios farmacológicos, como a necessidade de aumentar a biodisponibilidade e estabilidade da fisetina, bem como entender a farmacocinética e toxicidade do composto para uso clínico. Outro aspecto importante é a realização de estudos para elucidar efeitos a longo prazo, dosagens apropriadas e potenciais efeitos adversos.
Investigar os efeitos sinérgicos da fisetina com outros agentes terapêuticos ou modalidades de tratamento é fundamental, pois isso pode potencializar sua eficácia.
Em resumo, os estudos apontam que precisamos de mais pesquisas sobre a fisetina para entender a complexidade de suas ações na biologia do câncer e potencializar seus efeitos terapêuticos. No entanto, é inegável o poder dos alimentos ricos neste composto para uma dieta saudável e a prevenção de inúmeras doenças, inclusive o câncer.