Pfizer conclui estudo de vacina e prepara pedido para uso emergencial
Caso pedido seja autorizado por agência americana, a distribuição da vacina nos EUA começa imediatamente
A vacina contra a covid-19 da Pfizer em parceria com a empresa alemã BioNTech apresentou 95% de eficácia na análise final do estudo de fase 3. Com isso, as empresas já preparam o pedido de autorização para uso emergencial do imunizante nos Estados Unidos.
Na semana passada, um relatório inicial indicava que a vacina tinha eficácia superior a 90%. Porém, agora, a Pfizer e a BioNTech estão fornecendo dados mais específicos e suficientes para encerrar o estudo.
Ao todo, 43 mil pessoas participaram dos testes clínicos. Dessas, 162 tiveram covid-19 no grupo do placebo, aqueles que receberam apenas uma substância sem efeito, contra 8 entre aquelas que receberam as duas doses programadas da vacina.
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Ainda que poucas pessoas que tomaram a vacina tiveram a covid-19, nenhuma teve a forma grave da doença.
A eficácia, que foi medida 7 dias após a segunda dose, foi a mesma em diferentes raças e etnias. Ainda de acordo com o relatório, o estudo não registrou efeito colateral grave em nenhum voluntário.
A Moderna, outra empresa farmacêutica, anunciou na segunda-feira, 16, que uma análise preliminar de seus testes clínicos mostram que sua vacina é 94,5% eficaz. A empresa também planeja solicitar autorização para uso emergencial até o fim do mês.
Se a FDA (Food and Drug Administration, agência reguladora de medicamentos e alimentos do governo americano) aprovar os pedidos, as vacinas passam a ser distribuídas nos EUA imediatamente.
Aquisição da vacina da Pfizer pelo Brasil
O Brasil ainda não possui acordo para a compra da vacina da Pfizer, porém, na última terça-feira, 17, o Ministério da Saúde informou que isso deve ocorrer à medida que os ensaios clínicos apontarem “total eficácia e segurança” e após o registro na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
Segundo o presidente da Pfizer no Brasil, Carlos Murillo, as negociações com o governo brasileiro podem possibilitar a chegada da vacina ao país no primeiro trimestre do ano que vem.
Por enquanto, o governo brasileiro tem acordo bilionário para a aquisição da vacina desenvolvida pela Universidade de Oxford em parceira com o laboratório AstraZeneca. Além da compra de lotes do imunizante, o acordo também prevê futura transferência de tecnologia para produção nacional pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).