Planos de saúde pedem autorização do marido para colocação de DIU
Duas cooperativas da Unimed em Minas Gerais e no interior de São Paulo seguiam o procedimento
O jornal Folha de S. Paulo apurou que planos de saúde têm exigido autorização dos maridos para a colocação de DIU (dispositivo intrauterino), método contraceptivo, em mulheres casadas.
Segundo a reportagem, três cooperativas da Unimed Saúde, com unidades em João Monlevad (MG), Divinópolis (MG) e em Ourinhos, no interior de São Paulo, seguem essa prática.
“A informação de que não era possível realizar o procedimento sem o consentimento do cônjuge foi confirmada pela central de atendimento ao cliente das três unidades”, informou a reportagem.
- Como o DIU é retirado e quais os efeitos colaterais
- Serviços oferecidos pelo SUS que provavelmente você não sabia
- DIU some dentro de paciente e é encontrado em lugar inusitado após inserção
- Bolsonaro veta distribuição gratuita de absorventes porque, para ele, mulher jorrar sangue do meio das pernas é ‘suave’
Ainda segundo o jornal, as unidades de Divinópolis e Ourinhos informaram enviaram uma nota informando que abandonaram a exigência após o contato da Folha.
Já a unidade de João Monlevade negou exigir o consentimento. “A cooperativa afirma que apenas recomenda que o termo seja compartilhado, por isso o espaço para a assinatura do companheiro.”
Como funciona o DIU
O método contraceptivo é considerado um dos mais eficazes – com 99% ou mais de eficácia. O dispositivo é inserido em mulheres e age no útero. Durante seu período de validade, que pode variar entre 5 e 10 anos -dependendo do material -, a mulher não precisa se preocupar com a possibilidade de engravidar.
Apesar de considerado seguro, pode acontecer falhas e as mulheres engravidarem. Nesses casos, a gravidez progride normalmente e o dispositivo é retirado no nascimento do bebê.