Por que, segundo estudo, este tipo de alimento pode agravar crises de psoríase?

Lesões aparecem com frequência nos cotovelos, joelhos e couro cabeludo, mas podem afetar qualquer região do corpo

04/02/2025 11:00

Lesões aparecem com frequência nos cotovelos, joelhos e couro cabeludo, mas podem afetar qualquer região do corpo – Ranee Sornprasitt/iStock
Lesões aparecem com frequência nos cotovelos, joelhos e couro cabeludo, mas podem afetar qualquer região do corpo – Ranee Sornprasitt/iStock - Ranee Sornprasitt/iStock

Se você é fã de alimentos ultraprocessados, talvez seja hora de repensar seus hábitos. Um novo estudo, publicado na renomada revista JAMA Dermatology, revelou que o consumo excessivo desses produtos pode aumentar significativamente o risco de crises ativas de psoríase. Essa descoberta marca um passo inédito na compreensão dessa condição inflamatória da pele, cuja origem ainda intriga a ciência.

Mesmo levando em conta fatores como idade, índice de massa corporal (IMC), consumo de álcool e comorbidades, a correlação entre alimentos ultraprocessados e surtos da doença permaneceu evidente.

Os dados foram extraídos do estudo transversal da coorte NutriNet-Santé, realizado entre 2021 e 2022 na França. Com 18.528 participantes entre 62 e 70 anos — 74% mulheres e 26% homens —, os resultados sugerem que esses produtos industrializados podem ter um efeito pró-inflamatório independente da obesidade.

Mas afinal, o que é a psoríase?

A psoríase é uma condição inflamatória crônica da pele, caracterizada pelo crescimento acelerado das células cutâneas, formando placas avermelhadas cobertas por escamas esbranquiçadas. Essas lesões aparecem com frequência nos cotovelos, joelhos e couro cabeludo, mas podem afetar qualquer região do corpo, inclusive unhas e articulações.

Segundo a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), a doença tem forte componente genético, mas também pode ser desencadeada por fatores ambientais e comportamentais.

Principais sintomas

  • Placas vermelhas com escamas esbranquiçadas ou prateadas;
  • Manchas escuras ou claras residuais após a melhora das lesões;
  • Pele ressecada e rachada, com possível sangramento;
  • Coceira, ardor e dor;
  • Unhas espessas, amareladas, descoladas e com deformações;
  • Rigidez e inchaço articular, podendo evoluir para deformidades.

O que isso significa para você?

Os resultados desse estudo reforçam a necessidade de uma alimentação mais equilibrada, priorizando alimentos naturais e reduzindo o consumo de ultraprocessados. Embora a psoríase ainda não tenha cura, entender seus gatilhos pode ajudar a controlar os surtos e melhorar a qualidade de vida dos pacientes.

Se a ciência já está apontando esse caminho, que tal repensar o que vai para o seu prato?

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