Poucos sabem o que este chá faz pelo corpo ao longo dos anos
O melhor aliado natural para um envelhecimento saudável
Entre as diversas estratégias associadas a um envelhecimento saudável, o consumo regular de chá verde tem ganhado destaque. A bebida, tradicional em países asiáticos, é hoje estudada em todo o mundo por seu potencial impacto na longevidade, com pesquisas observacionais relacionando seu uso frequente à redução de risco de doenças crônicas, como cardiovasculares, metabólicas e neurodegenerativas, sempre como parte de um estilo de vida equilibrado, com alimentação adequada, atividade física, sono de qualidade e manejo do estresse.

Por que o chá verde para longevidade chama tanta atenção?
O interesse pelo chá verde se explica, em grande parte, pela alta concentração de compostos antioxidantes presentes nas folhas da planta Camellia sinensis. Entre esses compostos, destaca-se o EGCG (epigalocatequina galato), polifenol amplamente estudado por sua atuação na proteção celular e possível efeito na redução de risco de mortalidade por todas as causas em grandes estudos populacionais.
Em termos simples, o chá verde auxilia no combate ao estresse oxidativo, processo em que radicais livres danificam estruturas importantes das células, favorecido por fatores como alimentação pobre em nutrientes, poluição, tabagismo, álcool e noites mal dormidas. Ao fornecer antioxidantes, a bebida ajuda a neutralizar parte desses radicais livres e algumas pesquisas sugerem ação discreta na melhora da pressão arterial e do perfil de colesterol, especialmente quando associado a uma dieta rica em alimentos in natura.
Como o chá verde pode ajudar a retardar o envelhecimento do organismo?
O envelhecimento está ligado, entre outros fatores, à senescência celular, estado em que as células deixam de se dividir e passam a acumular danos, liberando substâncias inflamatórias em excesso. Pesquisas sugerem que os polifenóis do chá verde podem atenuar esse processo ao reduzir o estresse oxidativo e modular vias inflamatórias envolvidas em doenças como aterosclerose e resistência à insulina.
Outro ponto relevante é a possível proteção das mitocôndrias, estruturas responsáveis pela produção de energia dentro das células, cuja função adequada está associada a maior resiliência do organismo. Nessa perspectiva, o chá verde pode contribuir para a manutenção da vitalidade celular, com reflexos potenciais na capacidade física e cognitiva ao longo da vida, sempre em conjunto com outros hábitos saudáveis.
- Redução do estresse oxidativo: auxilia no equilíbrio entre radicais livres e antioxidantes.
- Apoio às defesas naturais: contribui para o funcionamento adequado do sistema imunológico.
- Modulação da inflamação: pode ajudar a diminuir processos inflamatórios de baixa intensidade.
- Proteção tecidual: favorece a integridade de vasos sanguíneos, pele e outros órgãos.
Confira abaixo um vídeo do canal no YouTube Dr Yano que fala sobre os benefícios do chá verde:
Qual é a relação entre chá verde, intestino e expectativa de vida?
Nos últimos anos, o intestino passou a ser visto como peça central na discussão sobre expectativa de vida, devido ao papel da microbiota intestinal na imunidade, no metabolismo e até no cérebro. Nesse contexto, o chá verde também é estudado por seus efeitos sobre essa comunidade de microrganismos, com indícios de que seus polifenóis favoreçam bactérias benéficas e reduzam microrganismos ligados à inflamação.
Ao fortalecer a barreira intestinal e contribuir para um ambiente menos inflamado, o chá verde pode atuar, de forma indireta, na prevenção de condições que encurtam a expectativa de vida, como doenças cardiovasculares, metabólicas e alguns tipos de câncer. Essa associação não é de causa única, mas integra um conjunto de medidas de cuidado com o corpo, incluindo padrão alimentar equilibrado, controle do peso e prática regular de atividade física.
- Redução da inflamação sistêmica: menor produção de substâncias inflamatórias ligadas a doenças crônicas.
- Melhor resposta imune: organismo mais preparado para lidar com agentes externos.
- Apoio ao metabolismo: influência positiva sobre o controle de peso e dos níveis de glicose.

Como incluir chá verde, matcha e versões descafeinadas na rotina?
Entre as variações disponíveis, o matcha costuma despertar curiosidade, pois utiliza o pó da folha inteira, resultando em maior concentração de antioxidantes, inclusive de EGCG. Já o chá verde tradicional, preparado por infusão, também oferece quantidades relevantes desses compostos, enquanto as versões descafeinadas atendem pessoas sensíveis à cafeína, preservando boa parte dos polifenóis.
Para que o chá verde seja um aliado, a moderação é fundamental, sendo geralmente considerado seguro o consumo de 2 a 4 xícaras ao dia em adultos saudáveis, ajustando à sensibilidade individual. É importante evitar o consumo muito próximo ao horário de dormir e adotar alguns cuidados práticos no preparo e na combinação com outros hábitos, para potencializar os benefícios sem riscos desnecessários.
- Chá verde tradicional: opção comum, com cafeína moderada.
- Matcha: maior concentração de antioxidantes, preparo em pó.
- Chá verde descafeinado: indicado para quem precisa limitar a cafeína.
- Preferir o preparo com água quente, mas não fervendo, para preservar compostos sensíveis ao calor.
- Evitar grandes quantidades de açúcar, para não anular parte dos benefícios metabólicos.
- Distribuir o consumo ao longo do dia, respeitando a tolerância à cafeína.
- Consultar um profissional de saúde em caso de uso de medicamentos, gestação, doenças hepáticas ou outras condições específicas.
Diante das evidências disponíveis até 2025, o chá verde se apresenta como uma bebida que pode integrar estratégias de cuidado com a saúde e com a longevidade. Ele não substitui o acompanhamento médico nem outros hábitos essenciais, mas funciona como um complemento interessante em um estilo de vida voltado à prevenção e à manutenção da qualidade de vida ao longo dos anos.