Refluxo: essas pequenas mudanças ajudam a aliviar as crises
Ajustes na alimentação e até no modo de se vestir podem ajudar a minimizar os sintomas
Os antiácidos e os antiulcerosos são os tratamentos mais comum para a doença do refluxo gastroesofágico. Nos casos mais graves, a cirurgia pode até ser necessária. Mas, independentemente de quão ruins sejam os sintomas, o combate à azia e ao refluxo ácido também requer algumas mudanças no estilo de vida. Muitas delas são bem simples de adotar, mas fazem uma baita diferença.
Antes de entrar na solução, é preciso entender de que maneira ocorre o refluxo.
A doença do refluxo gastroesofágico é uma condição em que o ácido do estômago retorna de forma regular para o esôfago, fazendo com que o alimento e o líquido estomacal voltem até a boca, causando a sensação de queimação.
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Quando esse movimento acontece, são comuns aparecerem os seguintes sintomas:
- azia ou queimação que se origina na boca do estômago, mas pode atingir a garganta;
- vômito;
- dificuldade ou dor ao engolir;
- dor torácica intensa, que pode ser confundida com a dor do infarto do miocárdio;
- tosse seca;
- doenças pulmonares de repetição, como pneumonias, bronquites e asma.
Fora este incômodo, em longo prazo a doença pode provocar úlceras no estômago e no esôfago. Tudo isso, no entanto, pode ser minimizado para evitar complicações. Veja algumas mudanças de hábitos importantes:
Alívio das crises de refluxo
1) Refeições fracionadas ao longo do dia
As refeições costumam ser um gatilho para os sintomas do refluxo. Comer muito de uma única vez é quase sempre uma receita para azia. “Um estômago muito cheio pode fazer com que a válvula entre o estômago e o esôfago – conhecida como esfíncter esofágico inferior – relaxe, empurrando os ácidos do estômago de volta para o esôfago”, explica a gastroenterologista Cristiana Flores.
Segundo ela, esse risco cai quando se faz várias pequenas refeições ao longo do dia. “Mas não faça a última refeição tarde demais: comer perto da hora de dormir também pode desencadear os sintomas”, orienta.
2) Evite o álcool
O álcool deve ser evitado por quem sofre com refluxo, já que a bebida relaxa o esfíncter esofágico inferior, o que permite que o ácido gástrico penetre no esôfago. No caso das cervejas, que são gaseificadas, os efeitos são ainda piores.
3) Atenção ao cardápio
Não há saída. Por mais desprazeroso que isso seja, é preciso deixar de consumir certos alimentos e bebidas que podem intensificar os sintomas do refluxo. A lista é longa e inclui chocolate, café, pimenta, molho picante, carne vermelha gordurosa, batata frita (fritura em geral), frutas cítricas, cebola crua, molhos industrializados, tomate, hortelã-pimenta, doces industrializados e refrigerante.
4) Evite roupas apertadas
As roupas que você usa também podem influenciar nos sintomas. Roupas apertadas exercem pressão sobre o abdômen e podem forçar o ácido e a comida do estômago para o esôfago, causando o refluxo. “O que acontece é que após a refeição, é natural que o estômago sofra dilatação, então, é importante ele ter espaço livre para que ocorra de forma tranquila todo o processo digestivo”, explica a médica gastroenterologista Cristiana Flores.