Saiba quem foi Ritalina, que deu nome ao remédio mais prescrito para TDAH
A droga não foi originalmente destinada ao tratamento de crianças com distúrbios de comportamento. Esse uso específico foi definido ao longo do tempo
O metilfenidato é o estimulante que os médicos mais frequentemente prescrevem para crianças com TDAH. A droga foi sintetizada em laboratório pela primeira vez em 1944 e comercializado em 1954 como Ritalina. O que poucos sabem é que o nome tem uma história por trás.
“Ritalina” deriva de Marguerite “Rita” Panizzon, esposa de Leandro Panizzon, químico da indústria suíça CIBA, atualmente conhecida como Novartis.
A droga levou esse nome porque coube a Rita ser a primeira pessoa a tomar metilfenidato e descrever seus efeitos ao marido. Ela usava a nova substância, então descrita como estimulante e tonificante do humor, especialmente para prática de tênis.
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O medicamento, quando foi lançado, era indicado para estados depressivos leves e como supressor do apetite. Mas as pessoas o usavam para melhora da performance geral, como passar uma madrugada em claro.
Foi somente nos anos 60 que a droga começou a se consolidar no meio médico para o tratamento de crianças com problemas de comportamento, pois verificou-se que Ritalina tinha um efeito calmante sobre a criança agitada.
Ao longo dos anos, o estimulante tornou-se um dos mais consumidos no mundo. A Organização das Nações Unidas (ONU) observou que, globalmente, a produção da substância psicotrópica aumentou de 2,8 toneladas em 1990 para quase 38 toneladas em 2006.
O que é Ritalina e como ela atua?
Ritalina, nome comercial do medicamento metilfenidato, é um estimulante do sistema nervoso central usado principalmente para tratar Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) e narcolepsia.
A droga atua aumentando os níveis de dopamina e norepinefrina no cérebro. Ou seja: estimula a atividade mental, aumenta o foco e a concentração, além de diminuir a sonolência durante o dia.
A narcolepsia é um distúrbio do sono que causa sonolência excessiva e episódios súbitos de sono, a Ritalina atua como um estimulante que mantém o indivíduo mais alerta e desperto durante o dia, ajudando a combater a sonolência diurna.
Já nos casos de TDAH, a Ritalina atua amenizando sintomas como desatenção, inquietude motora e impulsividade.
Embora seja eficaz no controle dos sintomas de TDAH e narcolepsia, o uso da Ritalina deve ser feito sob prescrição médica, pois pode causar efeitos colaterais como insônia, ansiedade, perda de apetite e, em alguns casos, dependência.
Em que casos é contraindicada?
- Hipersensibilidade ao metilfenidato ou outros componentes do medicamento;
- Ansiedade, tensão;
- Problemas cardíacos;
- Glaucoma;
- Tumor da glândula adrenal;
- Hipertensão;
- Estreitamento dos vasos sanguíneos;
- Síndrome de tourette.