Sinais de distúrbio comum do sono que alertam para o risco de demência
Os distúrbios do sono, muitas vezes ignorados, são mais do que um simples incômodo; eles têm impactos profundos na saúde do cérebro
Os distúrbios do sono estão cada vez mais associados a problemas de saúde mental e cognitiva. Estudos recentes indicam que condições como a apneia do sono, podem aumentar significativamente o risco de desenvolver demência, especialmente em idosos.
Os pesquisadores também alertam que o distúrbio quando não tratado pode resultar em problemas cardíacos.
A apneia obstrutiva do sono faz com que as vias aéreas ficam temporariamente bloqueadas durante o sono, causando interrupções frequentes na respiração.
- Novo medicamento para perda de peso reduz o apetite sem efeitos colaterais
- Câncer de mama: você deve prestar atenção a estes 7 sinais
- Beber esta bebida todos os dias aumenta o risco de gordura no fígado
- Quais são as causas da labirintite, segundo a ciência
Isso resulta em uma série de sintomas, como ronco alto, acordar muito, e ter despertares súbitos com sensação de sufocamento.
Por que esta condição de sono está ligada à demência?
Essas interrupções frequentes na respiração resultam em uma diminuição dos níveis de oxigênio no sangue, o que pode comprometer a oxigenação do cérebro.
A falta de oxigênio crônica está associada ao dano neuronal, aumentando o risco de demência, incluindo a doença de Alzheimer.
Além disso, a apneia do sono pode levar a microdespertares constantes que fragmentam o sono profundo, essencial para a consolidação da memória e a regeneração neural.
O que a ciência observou?
Um estudo, publicado no periódico Nature Communications em 2022, encontrou uma ligação entre a falta de oxigênio no cérebro durante o sono e a doença de Alzheimer em camundongos.
Os pesquisadores demonstraram que a hipóxia – quando o cérebro é privado de oxigênio – causou a mesma degeneração seletiva de neurônios que caracteristicamente morrem na demência. Mais testes foram programados para serem realizados em humanos.
Outros estudos também já encontraram ligação íntima entre apneia do sono e condições cardíacas, com ambas as condições influenciando o desenvolvimento e a gravidade uma da outra.
A apneia do sono pode piorar condições cardíacas existentes ou aumentar o risco de desenvolvê-las, incluindo pressão alta, doenças cardiovasculares, arritmias, derrames e ataques cardíacos.
A condição pode causar estresse no coração, desencadear flutuações nos níveis de oxigênio e contribuir para a formação de placas nos vasos sanguíneos.
O gerenciamento da apneia do sono é importante para reduzir esses riscos.
Em muitos casos, mudanças no estilo de vida podem ser uma parte fundamental do tratamento. Perder de peso, parar de fumar e evitar o álcool são alguns dos cuidados.