Síndrome rara faz jovem morrer durante o parto

Bruna Tomadocci teve complicações por conta da Síndrome Hellp, uma complicação gravíssima da pré-eclâmpsia

Bruna Tomadocci, de 22 anos, morreu durante o parto em um hospital de Santos, no litoral paulista, por conta de uma síndrome rara desenvolvida ao longo da gestação.

A jovem estava no sétimo mês de gravidez e foi levada ao hospital após passar mal e ligar para o irmão. Quando chegou ao local, os médicos observaram que havia algo errado e optaram por fazer uma cesárea de emergência.

Gestante tinha uma síndrome rara e teve duas convulsões durante o parto cesárea
Créditos: reprodução/Facebook
Gestante tinha uma síndrome rara e teve duas convulsões durante o parto cesárea

De acordo com os familiares, Bruna teve duas convulsões durante o parto, mas os médicos conseguiram retirar o bebê com vida. A mãe foi levada à UTI, mas poucas horas depois morreu, após seus órgãos pararem de funcionar.

Após realizar exames, os médicos descobriram que a jovem tinha Síndrome Hellp, uma doença rara, que não havia sido descoberta nos exames de pré-natal.

Em nota, o Complexo Hospitalar dos Estivadores, em Santos, onde Bruna passou por cesárea, informou que a paciente recebeu todo o suporte médico e assistencial necessário durante o atendimento. O bebê permanece internado na unidade e seu quadro é estável.

Bruna estava no 7º mês de gestação
Créditos: reprodução/Facebook
Bruna estava no 7º mês de gestação

Síndrome Hellp

A Síndrome Hellp é uma doença que atinge cerca de 0,5% das gestantes, com alta taxa de mortalidade materna e fetal. Durante a gravidez, a síndrome diminui as funções hepáticas e o número de plaquetas no sangue, além da hemólise, que é a quebra de hemácias dentro dos vasos sanguíneos, o que aumenta muito o risco de hemorragia.

Acredita-se que síndrome seja uma variante da pré-eclâmpsia grave, apesar de nem sempre ocorrer hipertensão arterial.

A maioria dos diagnósticos é realizada entre a 28ª e a 36ª semanas de gestação. A taxa de prematuridade é de aproximadamente 70%, o que leva a complicações neonatais, como baixo peso ao nascer, síndrome do desconforto respiratório, pneumonia, displasia bronco-pulmonar, hemorragia intracraniana, enterocolite necrotizante e, logo, a um maior tempo de internação em UTI neonatais.

Diagnóstico de Síndrome Hellp

O diagnóstico é feito através de exames de sangue. Dor no abdômen, cefaleia frontal, náuseas e vômitos são observados gestantes com a doença.

O exame de pré-natal é muito importante porque ajuda a minimizar complicações durante o parto e a monitorar condições gerais.