Sintoma incomum faz enfermeira descobrir câncer de cólon avançado

A jovem de 24 anos passou por cirurgia e está fazendo tratamento com quimioterapia

Uma enfermeira moradora da Flórida, nos EUA, descobriu câncer de cólon em estágio avançado aos 24 anos. Ela não imaginava que um sintoma que apresentava há meses era um sinal da doença.

Bailey McBreen contou ao site NeedToKnow que chegava a arrotar até 10 vezes por dia.

“O primeiro sinal de que algo estava errado – embora eu não soubesse na época – foi quando comecei a arrotar excessivamente.”
“Eu arrotava de 5 a 10 vezes por dia. Isso não era normal para mim. Na verdade, raramente arrotava antes e é por isso que notei como era estranho.

Embora a jovem imaginasse que isso não era normal, ela só procurou ajuda médica quando começou a sofrer com refluxo, cólicas estomacais e dificuldade para evacuar.

Sintoma estranho faz enfermeira descobrir câncer de cólon
Créditos: reprodução/Instagram/baileymcbreen/
Sintoma estranho faz enfermeira descobrir câncer de cólon

Uma tomografia computadorizada revelou um tumor em estágio 3 crescendo em seu cólon.

Após seu diagnóstico em janeiro, ela descobriu que o tumor estava localizado mais acima no cólon transverso, localizado logo abaixo dos outros órgãos na cavidade abdominal.

Explicação para o aparecimento do sintoma incomum

De acordo com Bailey, o tumor causou o início da doença do refluxo gastroesofágico (DRGE) e estava causando obstrução intestinal completa.

“Como resultado, minha comida não estava digerindo completamente e estava ficando ‘presa’ acima do meu tumor, causando meu refluxo e arrotos. Arroto excessivo não é o sinal clássico de câncer de cólon, mas meu oncologista me disse que provavelmente foi o início dos meus sintomas”, explicou ela.

Os médicos conseguiram remover o tumor no final de janeiro. Depois disso, a jovem iniciou a quimioterapia, que deve terminar em agosto.

enfermeira
Créditos: reprodução/Instagram/baileymcbreen/

A enfermeira disse que “toda a jornada foi uma montanha-russa de emoções”. “Meu diagnóstico impactou minha vida de todas as maneiras possíveis que você possa imaginar”, disse.

Bailey afirmou ainda que ficou surpresa com o diagnóstico porque vivia a fase mais saudável de sua vida.

“Nos 10 meses que antecederam o meu diagnóstico, eu estava realmente mais saudável do que nunca”, disse ela. “Eu malhava de 5 a 6 vezes por semana consistentemente por pelo menos 14 meses. O câncer não discrimina ninguém”.

Câncer de cólon

O câncer de cólon e reto abrange os tumores que se iniciam na parte do intestino grosso chamada cólon, no reto, que corresponde ao final do intestino imediatamente antes do ânus, e no ânus. Ele pode atingir homens e mulheres, mas é mais comum a partir dos 50 anos de idade.

De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (INCA), sem considerar os tumores de pele não melanoma, o câncer de cólon e reto ocupam a terceira posição entre os tipos de câncer mais frequentes no Brasil.

A colonoscopia é um procedimento usado para procurar alterações – como tecidos inchados e irritados, pólipos ou câncer – no intestino grosso (cólon) e no reto.

Esse exame é indicado para a população em geral a partir dos 50 anos, mas pode ser feito, antes, na presença de sintomas.

Pacientes com anemia ou com dores de repetição (cólicas intestinais) devem procurar um médico para afastar o risco de um câncer colorretal. Nesse caso, são pacientes com alterações do hábito intestinal, ou seja, a frequência com que evacuam, que abrangem diarreias ou constipação com cólica.