Situação do sarampo no Brasil é alarmante, diz Ministério da Saúde
Doença que já tinha sido erradicada do país volta a ser motivo de preocupação
O sarampo voltou a ser motivo de preocupação no Brasil. Entre 2018 e 2021, foram registrados 39,3 mil casos e 40 óbitos causados pela doença. Para o Ministério da Saúde, a situação é considerada “alarmante”.
Em um documento sobre a Campanha Nacional de Vacinação contra o Sarampo, a pasta admite que a cobertura vacinal no país não consegue atingir todo o público-alvo.
“As coberturas vacinais municipais ainda são heterogêneas no Brasil, favorecendo a formação de bolsões de não vacinados e a ocorrência de novos surtos, sendo importante a realização de estratégias de vacinação que possam minimizar o risco da ocorrência dessa doença”, admite a pasta.
A doença que já tinha sido erradicada do país em 2016 é causada por um vírus, transmitido quando alguém doente tosse, fala, espirra ou respira perto de outras pessoas.
Os sintomas são parecidos com os de outras doenças respiratórias, como febre, tosse, irritação nos olhos, nariz escorrendo ou entupido e mal-estar.
O vírus pode ainda causa doenças diarreicas e neurológicas e, em casos mais graves, pode levar à morte. Segundo o Ministério da Saúde, a maior parte dos óbitos ocorridos entre 2018 e 2021 foi de crianças menores de 1 ano.
Entenda como será a campanha de vacinação deste ano
O Ministério da Saúde informou que a campanha de vacinação contra o sarampo deste ano terá início no dia 4 de abril e terminará em 5 de julho.
Para evitar surtos da doença, a campanha será focada em crianças de seis meses a menores de 5 anos de idade e trabalhadores da saúde. O primeiro grupo é formado por 12,9 milhões de crianças. A meta é imunizar 95% desta faixa etária.
Veja o calendário:
Primeira etapa (de 4/4 a 2/5): crianças de 6 meses a menores de 5 anos de idade (4 anos, 11 meses e 29 dias);
Segunda etapa (de 3/5 a 3/6): trabalhadores da saúde.