Sua xícara de chá pode ser a chave no combate ao Alzheimer
Novo estudo revela catequinas como um dos compostos eficazes contra as placas beta-amiloide que se formam na doença
A crescente incidência do Alzheimer, uma doença neurodegenerativa crônica e progressiva que mais comumente se manifesta nas pessoas idosas, continua sendo um importante desafio na área da saúde. Essa condição, que é a forma mais comum de demência, não tem cura conhecida, o que aumenta a urgência de se encontrar tratamentos e métodos de prevenção eficazes. Entre as várias pesquisas sendo realizadas em todo o mundo para combater essa doença, um estudo recentemente revelou um possível aliado surpreendente: uma xícara de chá.
Um tipo específico de chá parece representar uma esperança na prevenção do Alzheimer, de acordo com os resultados do estudo conduzido por uma equipe de cientistas da Universidade Tufts nos Estados Unidos. Este trabalho focou na possibilidade de uso de certas substâncias no combate às placas beta-amiloide, características do Alzheimer.
O que o estudo descobriu?
O estudo da Universidade Tufts analisou 21 substâncias potencialmente benéficas, tendo por base um modelo 3D de células nervosas do cérebro humano. O objetivo era verificar quais compostos poderiam inibir o crescimento destas placas beta-amiloide que causam o Alzheimer. De todos os compostos analisados, cinco se mostraram eficazes e um deles foi as catequinas, um composto encontrado nas folhas do chá verde.
Quais são os compostos eficazes contra o Alzheimer?
- Catequinas (presentes no chá verde)
- Resveratrol (encontrado no vinho e em frutas como uvas e mirtilos)
- Curcumina (extraída da cúrcuma, uma espécie de açafrão)
- Citicolina (um fármaco ativador e reconstituinte cerebral)
- Metformina (um medicamento anti-diabetes)
As catequinas do chá verde ajudam na prevenção do Alzheimer?
Os pesquisadores descobriram que em apenas uma semana, as catequinas do chá verde e o resveratrol diminuíram a formação de placas nas células neurais. A catequina, por sua vez, age como um agente ‘antiviral’ na doença de Alzheimer, o que sugere que este composto pode inibir ou até mesmo prevenir a doença. No entanto, mais pesquisas são necessárias para confirmar essa teoria.
A equipe de pesquisa alertou que apesar dos resultados promissores, é crucial lembrar que os efeitos observados em laboratório não sempre se traduzem de maneira direta em tratamentos eficazes para pacientes. Isso deve-se em parte ao fato de que alguns compostos não atravessam a barreira hematoencefálica, uma característica essencial para o tratamento do Alzheimer, ou têm baixa biodisponibilidade, o que significa que não são facilmente absorvidos pelo corpo ou pela corrente sanguínea.
Apesar das necessárias ressalvas, o estudo representa um passo significativo na busca por um tratamento para o Alzheimer. Mesmo que a pesquisa ainda esteja em estágios iniciais, a possibilidade de que uma xícara de chá verde possa contribuir para a prevenção dessa doença neurodegenerativa é, sem dúvida, uma notícia instrutiva e encantadora.