Tempero asiático pode proteger contra o câncer, indica estudo

Tempero comum da cozinha asiática pode ter impacto significativo no tratamento do câncer

Apesar dos resultados serem promissores, os investigadores afirmam que são necessários mais testes para estabelecer o efeito do tempero em pacientes com câncer – iStock/Getty Images
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Apesar dos resultados serem promissores, os investigadores afirmam que são necessários mais testes para estabelecer o efeito do tempero em pacientes com câncer – iStock/Getty Images

Uma raiz vegetal, usada na culinária como tempero, pode ajudar a proteger contra o câncer, afirma um novo estudo da Universidade Metropolitana de Osaka, no Japão.

O extrato de Kencur, um tipo de gengibre nativo do sudeste da Ásia também conhecido como gengibre aromático, é amplamente utilizado em uma bebida indonésia chamada jamu.

Segundo os pesquisadores, o principal componente ativo desse gengibre, o p-metoxicinamato de etila (EMC), possui propriedades anticancerígenas, capazes de suprimir significativamente o crescimento de células cancerígenas.

Essa não é a primeira vez que especialistas encontraram relação entre o tempero e propriedades anticancerígenas. Estudos anteriores já haviam indicado o seu fator potencial anticâncer pelo fato de reduzir a expressão do fator de transcrição mitocondrial A (TFAM), associado à proliferação de células cancerígenas.

Tempero asiático contra o câncer

Para entender os efeitos do kencur, o estudo teve como alvo TFAMs e células tumorais de câncer de mama, mostrando que os extratos de rizoma de Kencur suprimiram a proliferação das células tumorais. EMC, o principal composto dos extratos, exibiu efeitos antiproliferativos semelhantes. Além disso, a EMC influenciou as expressões proteicas ligadas à regulação do ciclo celular.

Além disso, o extrato de Kencur e o EMC exibem propriedades nocivas seletiva para células cancerígenas. Isto sugere que estas substâncias são mais tóxicas para as células cancerígenas do que para as células normais.

De acordo com os pesquisadores, este estudo fornece novos insights sobre a associação entre os efeitos anticancerígenos dos compostos naturais e o TFAM, indicando que o TFAM pode ser um alvo terapêutico potencial.