Ter uma queda por doces te coloca em maior risco dessas três condições
Estudo trouxe à tona os impactos negativos do consumo elevado de açúcar no corpo e na mente

Uma nova pesquisa da Universidade de Surrey, no Reino Unido, revelou uma ligação preocupante entre a preferência por alimentos doces e um aumento significativo no risco de desenvolver depressão, diabetes tipo 2, doenças cardiovasculares e até sofrer um derrame.
O estudo, publicado no Journal of Translational Medicine, analisou os hábitos alimentares de 180 mil pessoas por meio de dados do UK Biobank, combinando inteligência artificial com exames bioquímicos detalhados de sangue. O resultado? Quem prefere bolos, sobremesas e bebidas açucaradas está colocando a saúde mental e física em risco real.
Quem mais gosta de doces tem mais risco de depressão e doenças metabólicas
Os participantes foram divididos em três perfis alimentares: os “preocupados com a saúde”, que priorizam frutas e vegetais; os “onívoros”, que consomem uma dieta variada com carnes, vegetais e doces; e o grupo com “vontade de comer doces”, que foca em alimentos açucarados e demonstra baixo interesse por opções saudáveis.
Os resultados mostraram que esse último grupo tem 31% mais chances de desenvolver depressão. Além disso, apresentaram maior propensão ao diabetes, doenças cardiovasculares e altos níveis de proteína C reativa, um marcador de inflamação no corpo.
Os exames laboratoriais revelaram ainda níveis elevados de glicose no sangue e perfis lipídicos desfavoráveis — sinais diretos de risco aumentado para doenças cardíacas e metabólicas.
Segundo os pesquisadores, esses resultados indicam que as preferências alimentares não são apenas uma questão de gosto, mas têm implicações biológicas profundas. O consumo frequente de alimentos ricos em açúcar afeta diretamente o metabolismo, provoca inflamações e altera compostos químicos no sangue, o que pode levar a desequilíbrios sistêmicos, inclusive no cérebro.
A alimentação saudável é fator protetor para corpo e mente
Em contrapartida, o grupo que priorizava alimentos saudáveis, como frutas, vegetais e fibras, apresentou menor risco de doenças cardíacas, insuficiência renal e AVC. Essa proteção parece estar relacionada a níveis mais baixos de inflamação e a um melhor equilíbrio metabólico.
Os pesquisadores destacam que uma alimentação rica em fibras, antioxidantes e nutrientes anti-inflamatórios ajuda não apenas a manter o peso sob controle, mas também a preservar a saúde mental e reduzir marcadores de risco para doenças crônicas. Além disso, pessoas com uma dieta equilibrada tendem a ter melhor qualidade de sono, mais energia e menor vulnerabilidade ao estresse.