Um tipo de alimento aumenta o risco de ataque cardíaco em 50%
Os resultados de estudo ressaltam a necessidade de medidas para reduzir a exposição a esse tipo de alimento
Comer muitos alimentos ultraprocessados, como cereais açucarados, refeições prontas e refrigerantes, tem sido associado a uma saúde mental ruim e a um risco maior de morrer de ataque cardíaco, de acordo com um estudo.
O que são ultraprocessados?
Alimentos ultraprocessados passam por vários processos industriais. Geralmente contêm corantes, emulsificantes, sabores e outros aditivos.
Esses produtos também tendem a ter alto teor de açúcar, gordura e/ou sal adicionados, mas são pobres em vitaminas e fibras.
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Uma revisão abrangente conduzida por acadêmicos na Austrália analisou 14 artigos de revisão publicados nos últimos três anos que associavam esses alimentos a efeitos ruins na saúde.
Nenhum teve o financiamento de empresas de produção de alimentos ultraprocessados.
Ao todo, os estudos incluíam 9,9 milhões de pessoas. Os pesquisadores analisarem questionários alimentares e histórico alimentar. A equipe classificou as evidências como convincentes, altamente sugestivas, sugestivas, fracas ou nenhuma evidência.
Risco maior de morte
Com base em evidências “convincentes”, uma ingestão maior de ultraprocessados foi associada a um risco 50% maior de morte por doença cardiovascular.
O risco de diabetes tipo 2 foi 12% maior e o risco de desenvolver ansiedade foi 48-53% maior
Também houve evidências “altamente sugestivas” de que comer mais ultraprocessados poderia aumentar o risco de obesidade, diabetes tipo 2, problemas de sono e morte por doença cardíaca em 40-66%.
Também havia um risco 22% maior de desenvolver depressão e um risco 21% maior de morte por qualquer causa.
No entanto, os pesquisadores disseram que a evidência entre a ingestão desses alimentos e “asma, saúde gastrointestinal, alguns tipos de câncer e fatores de risco cardiometabólicos intermediários permanece limitada e justifica investigação adicional”.
Eles acrescentaram que suas descobertas “fornecem uma justificativa para desenvolver e avaliar a eficácia do uso de medidas de saúde pública para reduzir a exposição alimentar a alimentos ultraprocessados.
A equipe publicou os resultados da análise no The BMJ Journals em fevereiro deste ano.