Variante indiana do coronavírus é confirmada em paciente no Paraná
Secretaria de Estado da Saúde não informou se a paciente esteve na Índia ou teve contato com alguém que veio e lá
O governo do Paraná confirmou o primeiro caso da variante indiana do novo coronavírus (B.1.617) no estado. A mutação do vírus foi detectada em uma mulher de 71 anos, com comorbidades, moradora de Apucarana, na região noroeste do estado.
A identificação foi realizada por sequenciamento genômico do vírus SARS-CoV-2, realizado pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) com amostra de um caso confirmado do Paraná.
A mulher realizou o teste para covid-19 no dia 26 de abril e chegou a ficar hospitalizada por um dia. Além dela, o marido e o filho também testaram positivo. O filho acabou morrendo e 17 de maio, de acordo com a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa).
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A secretaria não informou se alguém da família viajou recentemente à Índia ou se teve contato com pessoas que estiveram naquele país. O órgão, no entanto, informou que a equipe de Vigilância Epidemiológica municipal realiza acompanhamento dos familiares e contatos próximos e abriu investigação epidemiológica sobre o caso.
Além desse caso, a Sesa informou que outro caso suspeito de variante indiana é investigado. O paciente é um um homem de 38 anos, morador de Cascavel. O diagnóstico será divulgado após a analise da Fiocruz.
Variante de preocupação
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), essa cepa é mais contagiosa e considerada “preocupante”, mas ainda é investigado se ela está relacionada a quadros mais graves de covid-19 e se ela aumenta o risco de reinfecção.
Estudos feitos até agora indicam que, embora essa variante reduza a eficácia dos imunizantes, as vacinas são eficazes contra ela. Uma investigação feita no Reino Unido apontou que as vacinas da Pfizer e da AstraZeneca/Oxford são “altamente efetivas” contra a cepa após as duas doses.
A fórmula da Pfizer apresentou efetividade de 88% contra a doença sintomática causada pela mutação indiana duas semanas após a segunda dose. Essa taxa de eficácia foi menor que a observada contra a variante britânica (B.1.1.7), de 93%.
Já o imunizante da AstraZeneca/Oxford demonstrou 60% de eficácia contra a cepa que se originou na Índia, duas semanas após a aplicação da segunda dose. Eficácia também menor que a registrada contra a variante britânica (B.1.1.7), de 66%.
Estudos sobre a eficiência da vacina CoronaVac em relação á variante indiana ainda estão e andamento.