Veja quem pode se vacinar contra varíola dos macacos a partir do dia 13

Nesse início da campanha, o imunizante será aplicado em grupos específicos

07/03/2023 15:20

O Brasil inicia na próxima segunda-feira, 13, a aplicação de vacina contra a varíola dos macacos.

Nesse início da campanha, o imunizante será aplicado em grupos específicos, como pessoas com HIV e profissionais que trabalham em laboratórios e têm contato diretamente com o vírus e que tenham entre 18 e 49 anos.

O objetivo é proteger esses grupos de mais risco de evoluir para os quadros mais graves da doença.

Vacinação contra a varíola dos macacos no Brasil começa no dia 13
Vacinação contra a varíola dos macacos no Brasil começa no dia 13 - SyhinStas/istock

Vacina antes ou depois da exposição ao vírus

Poderá também ser vacinado quem já teve contato direto com fluidos e secreções corporais de pessoas com suspeita da infecção ou confirmadas para a varíola dos macacos.

Nesse caso, a pessoa deve comparecer para tomar o imunizante entre quatro e 14 dias após contato com o vírus. Nesse período mais longo de tempo, a previsão é que a efetividade da vacina para prevenção da infecção seja reduzida.

O imunizante contra a varíola dos macacos foi aprovada pela Anvisa para uso em pesquisas e, desde o último dia 26, obteve aval para ter sua aplicação ampliada.

A orientação do Ministério da Saúde é de que sejam aplicadas duas doses com intervalo de quatro semanas entre elas.

O país possui poucas doses da vacina, cerca de 46 mil, pois só existe uma fabricante no mundo.

Como a varíola dos macacos progride?

A doença passa por quatro fases diferentes. O primeiro período de invasão, que é entre 0-5 dias, é caracterizado por febre, dor de cabeça e inchaço dos linfonodos.

O inchaço dos linfonodos é uma das características da varíola do macaco que a difere do sarampo, por exemplo.

As erupções cutâneas geralmente aparecem dentro de dois dias de febre. A fase de erupção cutânea pode durar entre 2 e 4 semanas, durante as quais as lesões endurecem e tornam-se dolorosas, enchem-se primeiro com um líquido claro e depois pus, e por fim, desenvolvem crostas.