Holanda não quer mais ser chamada Holanda; agora é Países Baixos
A mudança faz parte de uma campanha internacional de "reposicionamento da marca"
Desde o dia 1º de janeiro o nome Holanda como forma de designar os Países Baixos deixou oficialmente de existir. A mudança faz parte de uma campanha internacional de “reposicionamento”.
Geograficamente nada muda, apenas que, a partir de agora, órgãos do governo, como embaixadas, consulados, universidades e empresas privadas, devem passar a usar somente o nome Países Baixos (em português) ou Netherlands (em inglês).
De acordo com o governo local, a medida é para redistribuir o fluxo turístico, já que a maioria dos visitantes conhece apenas cidades como Amsterdã, Haarlem e Haya, porém, o restante do país permanece desconhecido para muitos, informa o jornal britânico The Sun.
Os Países Baixos são compostos por doze províncias. O nome Holanda na verdade somente se refere a duas províncias, Noord-Holland (Holanda do Norte) e Zuid-Holland (Holanda do Sul), e vinha sendo utilizado pela Secretaria de Turismo para promover o país no exterior.
Guerra ao turismo de massa
Nos últimos anos a Holanda vem adotando uma série de medidas para conter o excesso de turistas, principalmente em Amsterdã.
Na mais recente, a prefeitura proibiu os tours guiados no Red Light District (bairro da Luz Vermelho).
A medida, segundo a prefeitura, é para promover o respeito as prostitutas que trabalham na região e pôr fim a problemas causados por turistas.
“Não é mais aceitável ver os trabalhadores do sexo como uma atração turística”, disse o vereador Udo Kock. Segundo ele, os turistas costumam ser inconvenientes, fazem muito barulho e jogam lixo no chão nas ruas da região.
A prefeitura também reduziu de 20 a no máximo 15 pessoas o tamanho de grupos em passeios guiados no centro histórico e proibiu tours na região depois das 19h, incluindo fins de semana.
No final de 2018 a prefeitura removeu o famoso letreiro “I Amsterdam” (“Eu sou Amsterdã”, em português) da Museumplein (Praça dos Museus).