Kuelap, a nova aposta dos aventureiros no Peru
Seria Kuelap, a cidadela da cultura chachapoyan, de “Z – A Cidade Perdida” que o explorador britânico Percy Fawcet procurava? Conhecida como Machu Picchu do Norte, ela nada tem a ver com os incas. Sua cultura floresceu possivelmente entre 500 d.C até 1.500, mas pela magnitude de suas construções poderia muito bem ser a cidade que Fawcet tanto buscava.
Sobre um penhasco em meio as névoas, a 3.000 metros de altura e com vista para o vale de Utcubamba, noroeste do Peru, ergue-se a fortaleza de Kuelap. Cercada por espessa vegetação, muros de pedra de até 18 metros protegem mais de quatrocentas construções, a maioria delas redondas. Ao contrário dos desenhos geométricos dos incas, formas de animais e figuras antropomorfas estão desenhadas nas paredes das casas.
As ruínas de pedra dos Chachapoyas, ou “Terra dos Povos da Nuvem”, atestam a grandeza e guardam os mistérios desse povo. Entre eles estão os “purunmachus”, túmulos de pedra construídos no formato de pessoas, e que teriam abrigado os restos mumificados da realeza desse povo. Destaque também para os mausoléus do Revash, talhados na própria rocha e que lembram as construções da cultura Pueblo no Parque Nacional de Mesa Verde, nos Estados Unidos.
Para os arqueólogos peruanos não há dúvida que essa cidadela pré-inca, não só pela sua dimensão, como também pelos enigmas se rivaliza com qualquer outra do Novo Mundo.
Não é fácil chegar em Kuelap, mas vale o esforço. De Lima segue-se de avião ou carro até Jaén. Dali são mais quatro horas de estrada poeirenta ou barrenta, dependendo da estação do ano até o teleférico de Nuevo Tingo. Este teleférico com 4,4 km de extensão é uma aposta do governo peruano para facilitar a vida dos visitantes que sem ele teriam uma pernada dura de horas até o topo da montanha, pois Nuevo Tingo está a 2.300 metros de altura e a fortaleza a três mil metros.
Em parceria com Viramundo e Mundovirado
Site de viagens e descobertas. Sugestões para despertar a mudança que o viajante, mesmo sem o saber, deseja. Viajar muda também seu interior, daí “viajar para se descobrir”