Melhor maneira de explorar Nova York é a pé; veja dicas
Voluntários 'apresentam' a cidade aos turistas pelo olhar de um nova-iorquino; conheça o Big Apple Greeter
A melhor forma de explorar Nova York é a pé, não importa se você já é um viajante experiente ou de primeira viagem. Por isso roupas confortáveis e tênis são imprescindíveis na mala.
Outra vantagem de explorar Nova York a pé é que praticamente toda a cidade é plana, o que facilita longas caminhadas.
Nova York é dividida em cinco grandes distritos, chamados de “boroughs” –Manhattan, Brooklyn, Queens. Bronx e Staten Island. Conheça um pouco deles abaixo.
Os ‘borough’ de Nova York
Cada ‘borough’ tem características e atrações muito distintas. Até parecem outras cidades de tão diferentes que são. Um exemplo é Staten Island, que lembra uma pacata cidade do interior.
Manhattan é dividia por três regiões: Downtown, Midtown e Uptown. O distrito concentra os famosos arranha-céus e os principais pontos turísticos –Times Square, os famosos teatros da Broadway e museus como o de História Natural, além de badalados restaurantes e bares.
O Brooklyn é a área artística e sofisticada de Nova York. Lá, concentra-se bons restaurantes e o famoso Time Out Market, food hall com mais de 20 bares e restaurantes.
Já o Queens, ao leste de Manhattan, é conhecido como o distrito mais cheio de diversidade de Nova York, com muitos hotéis-boutique e o tranquilo bairro de Astoria, com grande concentração de brasileiros, bem como restaurantes típicos.
Por outro lado, o Bronx é considerado berço do hip-hop, além de abrigar a sede do NY Yankees. O distrito também contam com atrações como o Bronx Zoo e o Bronx Botanical Garden, que atraem muitos visitantes em primeiras visitas a Nova York.
Staten Island, ao sul de Manhattan, é o distrito menos populoso de Nova York, e ainda pouco explorado pelos brasileiros. Com ar bucólico e totalmente residencial, abriga importantes museus como o Noble Maritime, dedicado ao artista John A. Noble, e casa onde morou a fotógrafo Alice Austen.
Entendendo as ruas e avenidas de Nova York
Diferente das cidades brasileiras, a maioria das ruas e avenidas de Nova York são nomeadas por números.
Elas começam em Downtown (sul) no sentido Uptown (norte), com as denominações das ruas por números 1, 2, 3, assim por diante até o número 220th Street, na divisa com Bronx, no caso de Manhattan.
Já as avenidas cortam Manhattan de leste para oeste, ou seja, do rio East River (leste) para o Hudson River (oeste).
No total são 14 grandes avenidas paralelas –11 delas classificadas por números decimais: First Avenue, Second Avenue, Third Avenue e assim por diante. As outras três são: Madison Avenue, Park Avenue e a Lexington Avenue.
Conheça NY pelo olhar de um nova-iorquino
Para uma experiência ainda mais enriquecedora, a dica é o Big Apple Greeter –programa gratuito em que um ‘greeter’ (voluntário) mostra a cidade para os turistas pelo olhar de um nova-iorquino.
As caminhadas são informais e improvisadas, sempre recheadas de histórias e curiosidades.
Conheci o programa nesta última viagem à Nova York. Nosso anfitrião foi o Jeff, um advogado aposentado e apaixonado pela cidade. O nosso passeio começou pelo Central Park e percorreu algumas ruas do Upper East Side por cerca de 4 horas.
Sempre solicito, Jeff parava e respondia as perguntas dos grupo ou contava a história de algumas construções da cidade, sempre munido de uma pasta fotos antigas e informações sobre determinado local.
No percurso, Jeff contou curiosidades sobre as moradias de astros da TV e da música, como a casa da cantora Madonna, que custou mais de US$ 40 milhões e fica numa pacata rua ou o apartamento em que morava o comediante Jerry Seinfeld, localizado na 129 West 81st Street, que inflacionou o aluguel no edifício.
Fundado em 1992, o programa é realizado em 20 idiomas, incluindo português. Os ‘greeters’ atendem grupos de até 6 pessoas, incluindo crianças a partir de 6 anos, que geralmente estão viajando juntas.
O “walking tour” é planejado com base no perfil e interesses do grupo. O passeio pode ser feito pela manhã ou à tarde. Dica importante: não atrase, os americanos são bem pontuais.
As reservas devem ser feitas pelo menos um mês antes da chegada pelo site. Eles não aceitam dinheiro, mas doações que podem ser feitas diretamente na plataforma. A dica é também levar um “mimo” do Brasil para presentear o “anfitrião”.
Transporte público (MetroCard)
Outra forma de explorar Nova York é utilizar o transporte público, principalmente o Metrô. O sistema conta 26 linhas, cujos nomes podem ser letras ou números, e 472 estações espalhadas por todos os cinco distritos.
A dica é comprar o MetroCard, bilhete que dá acesso ao sistema de transporte público –metrô e ônibus–, bem semelhante ao que usamos em São Paulo.
São duas modalidades de passe: Unlimited Ride, com viagens ilimitadas (US$ 34, por 7 dias, ou US$ 130, por 30 dias) ou Pay-Per-Ride, que pode ser carregado com qualquer valor a partir de US$ 5,50 (a cada viagem é debitado US$ 2,75).
O Unlimited Ride é indicado para quem vai ficar em Nova York por sete dias e vai utilizar o sistema transporte público com frequência. Já o Pay-Per-Ride é a opção ideal para os turistas que pretendem ficar muitos dias na cidade.
Em ambas as modalidades, o primeiro cartão tem custo extra de US$ 1. Ao expirar o passe ou o valor carregado, porém, não jogue fora seu bilhete: ele pode ser recarregado. As baldeações –metrô e ônibus– devem ser feitas num intervalo de duas horas com o mesmo valor.
Existe ainda as opções Fast MetroCard (US$ 9 + US$ 1 do bilhete) –compra rápida sem a necessidade de escolha de valores– e Single Ride (US$ 2.90), válido por duas horas.
O MetroCard pode ser comprado diretamente nos guichês das estações ou nas máquinas de autoatendimento que aceitam dinheiro e cartões de crédito.
*O jornalista viajou a convite do New York City Tourism + Conventions e da Copa Airlines