Nova York é destino para ir em qualquer época do ano
Não importa a época da viagem, a cidade proporciona experiências para todos os tipos de viajantes
Independente da época do ano, Nova York é o tipo de viagem que sempre vale a pena! Em cada estação, a cidade tem seu encanto único e proporciona experiências para todos os tipos de viajantes.
No inverno, Nova York está toda enfeitada para o Natal, além da neve e das pistas de patinação no gelo, que fazem muito sucesso entre os nova-iorquinos. Já no verão, os dias são mais longos e a cidade tem uma extensa programação de atividades ao ar livre, como shows gratuitos no Central Park.
Particularmente, prefiro o outono. É quando as temperaturas ainda estão amenas –nem muito frio nem muito calor –em média entre 6°C e 18°C. Ideal para explorar a cidade a pé sem se preocupar com horário.
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As manhãs começam frias, mas ao longo do dia as temperaturas sobem e ficam bem agradáveis.
Outra vantagem é que chove muito pouco nesta época do ano, o que torna o passeio ainda mais convidativo –principalmente a pé.
Estive na cidade no ano passado em abril, no começo da primavera, e em meados de novembro, no final do outono. Também já visitei-a em outras ocasiões, como no auge do inverno e do verão.
Mas confesso que Nova York fica mais charmosa no inverno, principalmente na época que precede o Natal.
As vitrines das lojas –em especial as da 5ª Avenida– e as pistas de patinação no gelo, como do Rockfeller Center, Bryant Park e a icônica Wollman Rink, no Central Park, te transportam para cena de um daqueles filmes natalinos clássicos ambientados na cidade.
Também há uma “disputa” da decoração de Natal mais bonita entre as lojas de grife da 5ª Avenida, como Louis Vuitton, Bvlgari, Dior e Cartier.
Porém, uma coisa é certa! Independente da época do ano em que você vá para Nova York, a cidade sempre tem algo novo a ser explorado, seja um mercado gastronômico (confira 1o deles aqui), um espetáculo da Broadway ou atrações.
Por isso se programar é fundamental. No site do New York City Tourism + Conventions, órgão oficial de promoção turística da cidade, é possível ficar por dentro da programação cultural, de novos bares, restaurantes, atrações, bem como atividades gratuitas ou bem acessíveis ao bolso.
Outra dica é usar o transporte público, principalmente o metrô, e comprar o CityPass. O bolso agradece.
Explore Nova York a pé
A melhor forma de explorar Nova York é a pé, não importa se você já é um viajante experiente ou de primeira viagem. Por isso roupas confortáveis e tênis são imprescindíveis na mala.
Para uma experiência ainda mais enriquecedora, a dica é o Big Apple Greeter –programa gratuito em que um ‘greeter’ (voluntário) mostra a cidade para os turistas pelo olhar de um nova-iorquino.
As caminhadas são informais e improvisadas, sempre recheadas de histórias e curiosidades.
Conheci o programa nesta última viagem Nosso anfitrião foi o Jeff, um, advogado aposentado e apaixonado pela cidade. O nosso passeio começou pelo Central Park e percorreu algumas ruas do Upper East Side por cerca de 4 horas.
No percurso, Jeff contou curiosidades sobre as moradias de astros da TV e da música, como a casa da cantora Madonna que custou mais de US$ 40 milhões e fica numa pacata rua ou o aporta do comediante Jerry Seinfeld, localizado na 129 West 81st Street, que inflacionou o aluguel no edifício.
Fundado em 1992, o programa é realizado em 20 idiomas, incluindo português. Os ‘greeters’ atendem grupos de até 6 pessoas, incluindo crianças a partir de 6 anos, que geralmente estão viajando juntas.
As reservas devem ser feitas pelo menos um mês antes da chegada pelo site. Eles não aceitam dinheiro, mas é recomendável levar algum produto ou coisa que só existe aqui no Brasil.
Os famosos e badalados mercados gastronômico de NY
Ir a Nova York e não conhecer um mercado gastronômico e a mesma coisa que ao Rio de Janeiro e não visitar o Pão de Açúcar. Os “food halls”, como são chamados estes espaço, estão espalhados por toda a cidade e são a cara da cidade e um dos programas favoritos dos nova-iorquinos.
Os mercados gastronômicos são perfeitos para uma refeição barata a qualquer hora do dia, não importa a estação do ano. Porém, é no verão que estes espaço ficam ainda mais charmosos e lotados também.
Alguns ainda contam com curadoria de chefs renomados, como o Tin Building, do estrelado e celebrado chef francês Jean-Georges Vongerichten. Um dos mais recentes é o Market 57, que abriu às portas não tem nenhum um ano.
O espaço ocupa um antigo terminal de embarque e armazenamento junto ao rio Hudson, ao lado da Little Island, e que abriga 15 restaurantes, todos com curadoria da Fundação James Beard e de propriedade, sobretudo, de minorias e mulheres.
Destaque para Nom Wah, mais antigo restaurante de dim sum –tradicional petisco chinês– de Nova York, e do Zaab Zaab, considerado um dos melhores tailandeses da cidade.
Mas se você é daqueles que têm uma queda por lugares badalados e quer fazer fazer inveja aos amigos nas redes sociais, o Chelsea Market, –mais famoso e icônico da cidade– e o Time Out Market –no coração da descolada região de Dumbo, no Brooklyn– não devem ficar de fora do roteiro.
Ambos possuem uma variedade de quiosques de comidas típicas americanas e de outras partes do mundo, em especial a asiática e mexicana.
O Time Out Market tem 21 restaurantes, três bares e espaço para aulas/cursos de culinária e eventos. Comi no Jacob’s Pickles, cuja especialidade é picles fritos, sanduíches (combos) e Mac n’cheese. Pedi o Sausage Gravy Smothered Chicken (frango frito com leite de manteiga e pão). Dica: serve duas pessoas generosamente. combo (saunduíche + limonada) custou US$ 22.
Já o Chelsea Market é um dos mais antigos mercados gastronômico de NY. São três espaços com mais de 50 de restaurantes de comida marroquina a indiana, além de opções de pães, lojas de utensílios domésticos e entre outros. Está sempre cheio, independente a época do ano. Por isso, se prepare para as filas.
Como o tempo era curto, fui nos tradicionais tacos do Los Tacos No. 1, um dos restaurantes mais disputados do Chelsea Market. Além de deliciosos, são bem baratos –cada uma custa US$ 5,65.
Gansevoort Peninsula, a ‘praia’ de Manhattan
Em outubro último, Manhattan ganhou uma “praia” para chamar de sua –ou quase isso. A Gansevoort Peninsula Sand Bluff fica no Hudson River Park, no Meatpacking District, onde a West Street encontra a Gansevoort Street –daí o nome–, em frente ao Whitney Museum of American Art.
Para construir a orla da primeira “praia pública” de Manhattan foram utilizadas cerca de 1.200 toneladas de areia, retirada de uma pedreira na região de Cape May, na vizinha Nova Jersey.
O espaço conta uma área de piquenique, com mesas e bancos com vista para o rio Hudson. Dá para aproveitar um belo pôr do sol, com o One World Trade Center ao fundo. O espaço conta ainda com campo de futebol, pista para caminhada.
Infelizmente não é permitido nadar no local, já que as águas do rio Hudson são impróprias.
Ao lado da Gansevoort Peninsula, a poucos metros, fica uma outra atração relativamente nova, a Little Island –parque suspenso inaugurado em 2021 sobre o rio Hudson.
O parque foi construído em cima de uma estrutura de concreto com 132 colunas em forma de tulipas gigantes, onde antes funcionava o antigo Pier 54. O projeto, assinado pelo inglês Thomas Heatherwick, o mesmo que desenhou o The Vessel, no Hudson Yards.
O parque se conecta a Manhattan através de duas passarelas e oferece uma vista dos arranha-céus de Lower Manhattan, como o One World Trade Center, e de Nova Jersey.
O verde é o destaque desse inusitado parque. No local foram plantadas mais de 350 espécies de árvores, flores e arbustos. O espaço dispõe ainda de um gramado para tomar sol e fazer piquenique, um anfiteatro com capacidade para quase 700 pessoas, além de uma praça de alimentação.
Se bateu uma fome, a Little Island fica ao lado do Market 57 e bem próximo do Chelsea Market.
Você pode combinar o passeio a Little Island com o High Line, parque construído sobre uma linha férrea da década de 1930 e que tornou-se numa bem sucedida área de lazer com jardins, cadeiras e bancos para descanso, obras de artes contemporâneas , além de vistas para Midtown e o rio Hudson.
O High Line tem pouco mais de 2 km, indo de Hudson Yards até o Meatpacking District.
Onde se hospedar
Com relação a hospedagem, Nova York é bem eclética e tem opções de hotéis para todos os tipos de viajantes e bolsos.
Desta vez a minha experiência foi em dois hotéis da rede POD (39 e Times Square). O primeiro fica na região de Midtown, próximo ao Grand Central Station, Bryant Park e do Empire State Building. Já o segundo está bem pertinho da Times Square e dos teatros da Broadway.
O POD é uma rede com quatro micro-hotéis bem localizados na cidade com a essência mais econômica. Lembra muito um hostel, mas com maior privacidade.
Os quartos são pequenos e bem funcionais, apenas com itens essenciais, com apenas o que você realmente usará. Por isso tem preços mais econômicos.
Há também opções de quartos com beliches ou apenas uma cama de solteiro. Todos são equipados com TVs de tela plana e wi-fi gratuito.
Voando para NY
A Copa Airlines é uma ótima opção para chegar a Nova York. A companhia opera mais de 70 voos semanais entre o Brasil e o Panamá. Somente para São Paulo são 38 voos. A empresa também oferece stopover gratuito na Cidade do Panamá (saiba mais aqui).
Atualmente, a Copa Airlines opera seis destinos no Brasil. Além de São Paulo, tem voos para o Rio e Janeiro, Brasília, Belo Horizonte, Manaus e Porto Alegre. Em breve, Florianópolis também fará parte da malha aérea da companhia.
As rotas são operadas por aeronaves B737-800 e B737 MAX9.
Além da grande oferta de voos para o público brasileiro, as conexões da Copa no aeroporto internacional de Tocumen, na Cidade do Panamá, são outro fator de destaque.
As conexões no “Hub das Américas”, como é chamado o aeroporto por causa de sua estratégica localização e de sua conectividade, são bem rápidas –de no máximo 1 hora, a depender do destino. Não é a por menos que a Copa é considerada a companhia aérea mais pontual da América Latina.
Em 2022, o aeroporto de Tocumen ganhou um novo e moderno terminal. As distâncias entre portões e terminais não são muito distantes entre si. Outro ponto positivo é que não há necessidade de passar pelo controle de imigração, como acontece em alguns destinos.
Não se preocupe com as bagagens. Você não vai precisar retirá-las e despachá-las novamente. As malas vão direto para o destino final e raramente são extraviadas.
Dica de ouro: Se o seu voo é para os Estados Unidos, evite a tentação de parar e fazer compras nas inúmeras lojas. Apesar dos preços serem bem convidativos, há checagem prévia de documentos, incluindo raio-X, antes de ter acesso ao portão de embarque, o que pode ocasionar filas.
*O jornalista viajou a convite do New York City Tourism + Conventions e da Copa Airlines