Veneza enfrenta maior cheia em 50 anos e Itália decreta emergência

A Praça São Marcos e outros pontos turísticos da cidade estão inundados

Terceiro destino turísticos mais visitado da Itália, a cidade de Veneza enfrenta uma de suas piores inundações dos últimos 50 anos. A maré alta elevou o nível da água em quase 2 metros deixado diversos pontos turísticos inundados, como a Basílica e a praça São Marcos.

Autoridades italianas afirmam que 85% da cidade está inundada. O pico foi registrado na terça-feira, 12, quando o nível de água chegou a 1,87 metro de altura. Apenas uma vez na história esse número foi mais alto, em 1966, com 1,94 m.

Turistas e moradores foram supreendidos pela maré alta, que bateu recordes em Venez
Créditos: Reprodução/Instagram/Aquaapartments
Turistas e moradores foram supreendidos pela maré alta, que bateu recordes em Venez

“A situação é dramática. Pedimos ajuda ao governo. Os custos vão ser elevados. Este é o resultado das mudanças climáticas”, disse presidente da Câmara de Veneza, Luigi Brugnaro, no Twitter.

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O primeiro-ministro italiano Giuseppe Conte anunciou nesta quinta-feira, 14, estado de emergência em Veneza após inundações que causaram danos incalculáveis ao patrimônio artístico e imobiliário da cidade.

Pelo Twitter, o premier também um fundo inicial de € 20 milhões para intervenções mais urgentes, “para apoiar a cidade e a população”.

Atrações debaixo d’água

A famosa Basílica de São Marcos ficou coberta por um metro de água e teve sua cripta e a reitoria completamente inundadas. Segundo o administrador do monumento, Pierpaolo Campostrini, um fenômeno como o de terça-feira ocorreu apenas cinco vezes na história da basílica, erguida em 828 e reconstruída após um incêndio em 1063.

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A circulação dos vaporettos –barcos de transporte público na região– está  limitada e muitas embarcações foram danificadas. Lojas, restaurantes e hotéis também foram inundados. Muitos turistas deixaram Veneza nas últimas horas.

De acordo com a RFI, o fato mais preocupante é que, entre os cinco incidentes, três ocorreram apenas nos últimos 20 anos e o mais recente foi no ano passado.

Veneza, que abriga em seu centro histórico apenas 50 mil moradores, recebe cerca de 36 milhões de visitantes por ano, 90% deles estrangeiros.

Um projeto para proteger a cidade das “Acqua Alta” (como são chamadas as marés altas) está sendo desenvolvido desde 2003, mas tem sido marcado pelo aumento de custos, escândalos e atrasos. O plano –batizado de MOSE (Moisés em italiano e sigla para Módulo Experimental Eletromecânico)– é criar comportas flutuantes para proteger Veneza nas marés altas.