Histórias de mulheres viram espetáculo potente no Sesc Pompeia
Os cinco mini monólogos de Maureen Lipman trazem, em comum, mulheres estendidas em sua existência. Cinco textos da autora Maureen foram selecionados para uma encenação performática, em que a composição com a trilha sonora e iluminação manifestam-se para que a figura inanimada da atriz se projete de forma espetacular, impulsionando a ampliação de sentidos do público e trazendo à tona contradições sensoriais.
A temporada de Ossada acontece de 10 de janeiro a 3 de fevereiro de 2019, no Espaço Cênico, do Sesc Pompeia. Os ingressos custam at’e R$ 20 e podem ser comprados a bilheteria de qualquer uma das unidades.
A peça, que é inspirada nos textos de Maureen Lipman, Wislawa Szymborska e Laurie Anderson, tem dramaturgia assinada por Elzemann Neves, Ester Laccava e João Wady Cury; e traz nela situações cotidianas de cinco mulheres: um pai em coma, o casamento de um filho, uma entrevista para a TV, os abusos familiares e um cigarro que nunca acende. Os monólogos têm em comum a figura da mulher “esgarçada” em sua existência. Personagens que desafinam diante das regras sociais e acabam “vazando”, deixando transparecer o animal indomesticável que habita em nós.
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A mulher como sujeito, a mulher como objeto, a mulher […]. O universo das mulheres retratadas nos textos de Maureen Lipman, atriz e escritora britânica, ganha aqui a companhia de outras duas mulheres: a poetisa Wislawa Szymborska, polonesa ganhadora do Nobel em 2006, e Laurie Anderson, cantora, performer e artista plástica.
A dramaturgia de “Ossada” funde os escritos dessas mulheres num contexto que coloca em debate a trajetória do mundo enquanto humanidade, ou melhor, a capacidade do indivíduo em compreender a humanidade por um viés de fato humanístico.
Para trazer um frescor na linguagem e sensibilizar o espectador, que é convidado a questionar algumas constatações e crenças que já não fazem tanto sentido nos dias de hoje, a atriz cunha o termo de “teatro instalação performático libertário”, como direcionamento desse projeto. “A missão é provocar o público, revelando que ainda é possível fazer as pontes emocionais e afetivas no mundo globalizado”, destaca Laccava.