Mostra de Madalena Schwartz retrata artistas transformistas dos anos 70

Exposição do IMS Paulista reúne fotos de personalidades como Ney Matogrosso, o grupo Dzi Croquettes, Elke Maravilha e Patrício Bisso

Por: Redação

Até 26 de setembro de 2021

Terça - Quarta - Quinta - Sexta - Sábado - Domingo

Terça-feira a domingo, das 12h às 18h (agendamento online)

Site: ims.com.br

Telefone: (11) 2842-9120

Os incríveis artistas trans, travestis e transformistas que frequentavam a cena cultural alternativa de SP nos anos 70 foram retratades pela húngaro-brasileira Madalena Schwartz (1921-1993). E você pode conferir esse trabalho magnífico na mostra “As Metamorfoses”, do IMS Paulista, que celebra o centenário de nascimento dessa talentosa fotógrafa.

O incrível grupo de performers Dzi Croquettes foi retratado por Madalena Schwartz
Créditos: Dzi Croquettes: Benê Lacerda, c. 1974. Foto de Madalena Schwartz / Acervo IMS
O incrível grupo de performers Dzi Croquettes foi retratado por Madalena Schwartz

Com curadoria de Gonzalo Aguilar e Samuel Titan Jr., a exposição conta com 112 fotografias de Madalena Schwartz, além de mais de 70 itens, como periódicos, documentos, filmes e imagens produzidas por outros fotógrafos.

O ensaio sobre o cenário cultural alternativo em plena ditadura militar traz imagens de figuras emblemáticas como o cantor Ney Matogrosso, os performers do grupo Dzi Croquettes, a atriz e apresentadora Elke Maravilha e o jornalista e performer argentino Patrício Bisso.

Olha que divertido esse retrato de Elke Maravilha!
Créditos: Elke Maravilha, 1983. Foto de Madalena Schwartz / Acervo IMS
Olha que divertido esse retrato de Elke Maravilha!

Outro destaque da mostra “As Metamorfoses” são fotografias de outros artistas e coletivos latino-americanos – de países como Argentina, do Chile e da Bolívia – que dialogam com trabalho e temas retratados por Schawartz.

Há, ainda, exemplares dos periódicos “Lampião da Esquina” e “Chana com Chana”, jornais de vanguarda produzidos pela comunidade LGBT+ da época; cartazes de filmes como “A Rainha Diaba” e “O Beijo da Mulher Aranha”; clipes de televisão e fotos de acervos pessoais.

O mestre Ney Matogrosso também foi clicado pela artista
Créditos: Ney Matogrosso, 1974. Foto de Madalena Schwartz / Acervo IMS
O mestre Ney Matogrosso também foi clicado pela artista

A mostra “As Metarmofoses – Travestis e Transformistas na São Paulo dos Anos 70” pode ser conferida até o dia 26 de setembro, no IMS Paulista, de terça-feira a domingo, das 12h às 18h, com entrada grátis. É preciso reservar antecipadamente seu ingresso por este site.

Um pouquinho sobre a artista

Nascida em 1921 em Budapeste, na Hungria, Madalena Schwartz foi morar aos 12 anos na Argentina, onde casou e teve dois filhos. Ela se mudou com a família para São Paulo nos anos 60.

Esta era a visão noturna do Copan nos anos 70
Créditos: Vista noturna do Copan, anos 70. Foto de Madalena Schwartz / Acervo IMS
Esta era a visão noturna do Copan nos anos 70

Aqui ela abriu uma lavanderia na rua Nestor Pestana, no Centro, e começou a explorar a arte da fotografia nessa época, quando um de seus filhos ganhou uma máquina fotográfica em um concurso escolar. Fez, então, cursos no Foto Cine Clube Bandeirante e deu início à nova carreira com quase 50 anos.

Logo Madalena Schwartz se tornaria um dos nomes mais expressivos nessa linguagem em SP. Outra paixão dela era o teatro, o que a incentivou a retratar personalidades do palco e da televisão.

O ensaio retrata artistas transformistas e travestis nos anos 70, em plena ditadura militar
Créditos: Dzi Croquettes: Claudio Tovar, Cláudio Gaya, Roberto de Rodrigues (ao fundo) e Paulette, c. 1974. Foto de Madalena Schwartz / Acervo IMS
O ensaio retrata artistas transformistas e travestis nos anos 70, em plena ditadura militar

O ensaio exibido na mostra foi parcialmente publicado no livro “Crisálidas”, lançado pelo Instituto Moreira Salles em 2012. Boa parte das fotografias foram feitas no estúdio improvisado que a artista mantinha na própria casa, o que incentivava a troca e a cumplicidade com os retratados.

Visita segura

Para garantir a segurança do público e da equipe, o uso de máscaras é obrigatório durante todo o tempo em que as pessoas estiverem no centro cultural. Haverá medição de temperatura logo na entrada do prédio e quem estiver com temperatura a partir de 37,5º será orientado a procurar atendimento médico. As pessoas devem seguir um percurso único, orientado previamente no agendamento e na entrada, e o distanciamento mínimo entre o público é de 2 metros.


#DicaCatraca: sempre lembre de usar a máscara de proteção, andar com álcool em gel e sair de casa somente se necessário! Caso pertença ao grupo de risco ou conviva com alguém que precise de maiores cuidados, evite passeios presenciais. A situação é séria! Vamos nos cuidar para sair desta pandemia o mais rápido possível. Combinado? ❤


Gostou de “As Metamorfoses” e que mais dicas? SP respira arte!