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Crianças constroem biblioteca com 800 caixas de leite

O que poderiam ser apenas material descartado ganhou uma nova forma nas mãos dos alunos de um colégio de Curitiba (PR). Utilizando caixas de leite vazias, garrafas e objetos reciclados, oitos turmas de quinto ano ergueram uma biblioteca ecológica na área externa da escola. 

Biblioteca ecológica construída pelos alunos
Biblioteca ecológica construída pelos alunos

Cerca de 800 caixas de leite vazias foram usadas como tijolos para a construção. Já as garrafas PET se transformaram em um teto que permite a entrada na luz solar no local. Ao todo, 161 kg de resíduos foram reaproveitados na edificação da Casateca.

“Depois de discutirmos sobre questões ambientais e a nossa responsabilidade, pudemos fazer algo concreto”, explica Eliane Barreto Maia Santos, professora do Colégio Nossa Senhora Medianeira, em Curitiba (PR). “Foi um trabalho muito significativo para as crianças.”

Inicialmente, as caixas de leite foram usadas para ensinar resoluções de problemas, geometria e aritmética. Após a explicação dos conceitos, a turma definiu, em uma votação, o que seria feito com os materiais utilizados.

Eleita pela maioria, a casinha de materiais recicláveis se tornou um espaço de leitura comunitário. Diferentemente das outras duas bibliotecas do colégio particular, os livros podem ser levados sem aviso ou anotações.

A educadora conta que aprendeu a técnica de reciclagem em uma formação com a bióloga Ângela Feijó e desenvolveu o projeto em conjunto com a professora Rafaela Batista Santos.

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O sucesso da Casateca chamou a atenção dos estudantes mais novos, atraiu parcerias e inspirou novos projetos.

O plano é ampliar a construção de 4 m² para 6 m². Para isso, os alunos estudarão o local disponível, coletando informações para auxiliar as crianças menores que querem participar da montagem.

Esse trabalho possibilitou a reflexão sobre o consumo responsável e o reaproveitamento de materiais. Eliane diz que “a dica para replicar a ideia é envolver os pequenos em todas as etapas do projeto”.

Segundo ela, uma preparação prévia, com discussões ambientais, é essencial para garantir o engajamento: “Nós já havíamos conversado muito sobre aquecimento global, desmatamento, produção de energia e responsabilidade social”.

Curadoria: engenheiro Bernardo Gradin, especialista em soluções sustentáveis.