Animais que vivem na rua sofrem após isolamento por coronavírus
Muitas protetoras e protetores estão doentes ou, devido à idade, em restrito isolamento
Pedrinho é um cachorro em situação de rua que vive numa praça de São Paulo. Todo dia, religiosamente às 7h30, ele se levanta abanando o rabo porque a dona Joana chega com a sua refeição. Mas já faz algum tempo que ela não aparece porque dona Joana pegou a covid-19, doença causada pelo novo coronavírus.
Pedrinho é paciente e espera até às 9h. Então, sai em busca de comida. Vai até o bar onde costumeiramente os frequentadores lhe jogam restos – mas não tem ninguém tomando café lá. Pedrinho passa pelo ponto de ônibus que está sempre cheio de gente e onde ele também ganha umas migalhas. Vazio. Ele avista uns sacos de lixo e se anima em vasculhá-los, mas logo percebe a presença de outros dois cães rasgando os sacos e eles não parecem querer dividir os restos.
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Pedrinho e dona Joana foram criados para ilustrar essa matéria, mas eles representam, de verdade, centenas de casos que estão ocorrendo como “efeito cascata” da pandemia. Muitas protetoras e protetores estão doentes ou, devido à idade, em restrito isolamento. Alguns voluntários que ajudam nos abrigos de animais também não estão podendo sair de casa ou porque já foram infectados ou porque estão cuidando de parentes doentes.
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E o pior é que o abandono de animais também se acentua como consequência de uma falsa informação de que cães e gatos podem transmitir a covid-19. Não podem. Orgãos de saúde pública e associações internacionais de veterinários atestam que os animais domésticos não são infectados e nem transmitem a covid-19 para as pessoas. Existem sim coronavírus caninos e felinos que atingem exclusivamente esses animais por meio de doenças já conhecidas de todo mundo que tem animais.
Confira o final desta história e outras notícias inspiradoras sobre animais na ANDA (Agência de Notícias de Direitos Animais).