Bolsonaro cometeu ‘atentado à saúde pública’, diz Maia
Em meio ao aumento de casos de coronavírus no país, o presidente da Câmara criticou a participação de Bolsonaro nas manifestações deste domingo, 15
O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), criticou o presidente Jair Bolsonaro e classificou sua participação em um ato em Brasília contra o Congresso e o Supremo Tribunal Federal (STF) neste domingo, 15, como um “atentado à saúde pública”, que contraria as orientações do seu próprio governo sobre o coronavírus.
“O presidente da República ignora e desautoriza o seu ministro da Saúde e os técnicos do ministério, fazendo pouco caso da pandemia e encorajando as pessoas a sair às ruas. Isso é um atentado à saúde pública que contraria as orientações do seu próprio governo”, escreveu Maia em seu Twitter.
Na rede social, o presidente da Câmara disse que o país sofrerá as consequências da desaceleração da economia mundial. Segundo ele, em vez do presidente criar um gabinete de crise para dar respostas à população, ele “está mais preocupado em assistir as manifestações que atentam contra as instituições”.
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“O presidente da República deveria estar no palácio coordenando um gabinete de crise para dar respostas e soluções para o país. Mas, pelo visto, ele está mais preocupado em assistir as manifestações que atentam contra as instituições e a saúde da população”, criticou.
“A situação é preocupante e exige de todos nós serenidade, racionalidade, união de esforços e respeito. Somos maduros o suficiente para agir com o bom senso que o momento pede”, finalizou.
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Bolsonaro ignora isolamento
O presidente Jair Bolsonaro descumpriu a recomendação de monitoramento dada por médicos do governo em razão do novo coronavírus (Covid-19) e participou de uma manifestação a favor de seu governo neste domingo,15.
Bolsonaro deixou o Palácio da Alvorada no início da tarde e percorreu de carro a Esplanada dos Ministérios. Depois, se dirigiu ao Palácio do Planalto e foi até a grade cumprimentar diversos apoiadores.
Levantamento feito pelo Estadão aponta que, em 58 minutos de interação com seus apoiadores, Bolsonaro cumprimentou 272 pessoas e manuseou ao menos 128 celulares.
Segundo a reportagem, parte dos cumprimentos, nos primeiros 50 minutos do vídeo, são com “soquinhos” nas mãos das pessoas ou mesmo apertos de mãos. Já nos cinco minutos finais de interação, o presidente alcança pelo menos 80 apoiadores correndo com a mão estendida e cumprimentando várias pessoas na sequência.
Bolsonaro deixou o isolamento que deveria fazer por ter se encontrado, semana passada, com ao menos 12 brasileiros diagnosticados com Covid-19, entre eles membros da sua comitiva que viajou aos Estados Unidos, como o chefe da Secom (Secretaria Especial de Comunicação Social), Fabio Wajngarten, o senador Nelsinho Trad (PSD-MS) e o diplomata Nestor Forster.