Bolsonaro fura isolamento e passeia de novo, ao som de vaias e aplausos
Presidente praticamente preencheu a cartela do bingo do que NÃO deve ser feito durante a pandemia do novo coronavírus
Jair Bolsonaro decidiu furar o isolamento social e passear novamente na manhã desta sexta-feira, 10, por Brasília, contrariando as orientações de todas as autoridades sanitárias, incluindo a OMS (Organização Mundial da Saúde) e seu próprio Ministério da Saúde durante a pandemia de covid-19.
Com isso, o presidente, que permanece sem partido, atraiu alguns gritos de apoio e também vaias e panelaços por onde passou: “Vai pra casa!”, dizem manifestantes em vídeos divulgados.
Primeiro o presidente foi ao Hospital das Forças Armadas e, ao ser questionado, por jornalistas, sobre o motivo da visita, fugiu da resposta: “Eu tenho direito constitucional de ir e vir. Ninguém vai tolher minha liberdade de ir e vir”.
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Bolsonaro insiste em descumprir a orientação de se manter em casa, ao furar o isolamento social, o que diminui o contágio do novo coronavírus, que já matou 1.057 brasileiros, segundo dados desta sexta-feira.
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O presidente praticamente preencheu a cartela do bingo do que não deve ser feito durante a pandemia da covid-19: além de circular sem necessidade pela cidade, foi cercado por apoiadores, o que provocou aglomerações, coçou o nariz com as costas da mão e, logo depois, cumprimentou pessoas, incluindo uma mulher idosa, que, assim como ele, pertence ao grupo de risco de contágio do novo coronavírus.
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Não foi a primeira vez que o presidente furou o isolamento social. Nesta quinta-feira, 9, foi a uma padaria, comeu no local (o que está vetado segundo decreto do governo do Distrito Federal), abraçou apoiadores. O decreto é claro. Ao citar os estabelecimentos comerciais que podem se manter abertos durante a pandemia, cita: “padarias e lojas de panificados, apenas para a venda de produtos, sendo vedado o fornecimento de refeições de qualquer tipo para consumo no local”.
Em março, Bolsonaro circulou pelo comércio de Brasília provocando mais momentos de aglomeração, e também participou de protesto pró-governo e contrário aos Poderes Judiciário e Legislativo, quando novamente se expôs a locais com muitas pessoas, tocou manifestantes e celulares de terceiros.