De feminista radical a líder de ‘milícia armada’, saiba quem é Sara Winter

Sara Winter já ‘castrou’ Bolsonaro em ato feminista em 2014

A militante bolsonarista Sara Winter foi presa pela Polícia Federal na manhã desta segunda-feira, 15, em Brasília em uma ação que apura o financiamento de protestos antidemocráticos contra o STF (Supremo Tribunal Federal) e o Congresso Nacional.

A prisão de hoje não tem relação com a investigação sobre a produção fake news, conduzida pelo ministro do STF Alexandre de Moares na qual ela também é investigada.

Sara Winter grava vídeo decepcionada com Bolsonaro e aparece chorando

A militante pró-Bolsonaro Sara Winter posa para fotos segurando armas
Créditos: Reprodução/ Twitter
A militante pró-Bolsonaro Sara Winter posa para fotos segurando armas

A trajetória de Sara Winter é bem controversa, De feminista fervorosa à líder do “grupo armado” de extrema-direita “300 do Brasil”.

Natural de São Carlos, no interior de São Paulo, Sara Fernanda Giromini, 27 anos, foi uma das fundadoras do braço brasileiro do grupo feminista ucraniano Femme.

Na ocasião, Sara Winter defendia pautas liberais, incluindo a construção social dos gêneros, o feminismo e a legalização do aborto. Mas era criticada pela militância de esquerda de usar um “nome de guerra”. Eles alegavam que o pseudônimo era o mesmo de uma militante nazifascista britânica atuante durante a Segunda Guerra Mundial.

Em 2014, durante um protesto na praia de Copacabana, no Rio de Janeiro, ela chegou a “castrar” um boneco que representava o então deputado federal Jair Bolsonaro.

O ato pedia a cassação de Bolsonaro pela polêmica declaração de que “não estupraria” a ex-ministra Maria do Rosário porque ela “não merece”.

“Queremos mostrar ao Bolsonaro que nem mesmo mulher nua merece ser estuprada”, disse à época Sara Winter em entrevista ao O Globo.

Sara foi expulsa do Femme acusada de desviar dinheiro que seria usado para organizar uma manifestação no Rio de Janeiro, que não aconteceu. Após o episódio, ela passou a difamar a imagem do grupo nas redes sociais.

Em 2015, ela mudou radicalmente e passou a integrar um grupo contra o aborto e se tornou uma “antifeminista”. Sara chegou até a gravar um vídeo em que pedida desculpas aos cristãos pelos protestos de quando era líder do grupo feminista Bastardxs.

Em um destes protestos, ela e outra ativista com os seios à mostra e usando falsas coroas de espinhos na cabeça se beijaram sobre uma cruz [em referência sà crucificação de Jesus Cristo.

Já totalmente inserida com as pautas da extrema-direita, Sara a fazer campanha para Jair Bolsonaro e tentou se eleger deputada federal pelo Democratas do Rio de Janeiro, mas não conseguiu votos suficientes para o cargo.

Em fevereiro de 2019, foi nomeada pela ministra Damares Alves (Mulher, Família e Direitos Humanos) para ser Coordenadora Nacional de Atenção Integral à Gestação e Maternidade da pasta.
Autoproclamada conferencista internacional, Sara Winter é um dos líderes do grupo “300 do Brasil”, milícia armada pró-bolsonarista.